EUA aprova a venda do sistema de mísseis THAAD aos EAU. O Departamento de Defesa dos Estados Unidos confirmou no dia 2 de agosto, que aprovou uma possível Venda Militar Estrangeira (Foreign Military Sales — FMS) ao Governo dos Emirados Árabes Unidos do sistema de defesa antiaérea Lockheed Martin Terminal High Altitude Area Defense (THAAD) ao custo de US$2,245 milhões. A Defense Security Cooperation Agency (DCSA) já comunicou e enviou a documentação para o Congresso Americano para aprovação.
Os EAU já operam o THAAD sendo junto com a Arábia os únicos operadores estrangeiros do sistema. O EAU recebeu 192 interceptores, 2 radares AN/TPY-2, 12 lançadores ativados em 2016. Já a Arábia Saudita ainda está em fase de implantação do contrato assinado em novembro de 2018 ao custo de US$ 15 bilhões.
O Governo dos Emirados Árabes Unidos (EAU) solicitou 96 mísseis Terminal High Altitude Area Defense (THAAD); 2 Estações de Controle de Lançamento THAAD (LCS) e 2 Estações de Operações Táticas THAAD (TOS). Também estão incluídos reparo e devolução, integração e teste do sistema e reparo e substituição de peças; equipamentos de suporte e teste; publicações e documentação técnica; atividades de construção; dispositivos de criptografia; equipamento de comunicação seguro; outros equipamentos COMSEC necessários; e outros elementos relacionados de apoio logístico e de programa. O custo total estimado do programa é de US$ 2.245 milhões.
O THAAD é um sistema BMD (Ballistic Missile Defense) altamente móvel e de rápida implantação, projetado para derrubar mísseis de curto e médio alcance durante sua fase final ou terminal de voo, tendo um alcance de 200 km e uma altitude 150 km. Ele foi projetado para fornecer ampla cobertura contra ameaças a centros populacionais e recursos industriais, bem como forças militares. A bateria do THAAD é composta por nove veículos lançadores transportando oito mísseis cada, com dois centros de operações táticas móveis e radares terrestres. O interceptor THAAD tem 6,2 metros de comprimento, 0,4 metros de diâmetro e pesa 662 kg no lançamento. Ele emprega o Radar AN/TPY-2 para detectar e rastrear mísseis inimigos em alcances de 870 a 3.000 km.
A venda proposta aumentará a capacidade dos Emirados Árabes Unidos de lidar com as ameaças atuais e futuras de mísseis balísticos na região e reduzir a dependência das forças dos EUA. Os Emirados Árabes Unidos não terão dificuldade em absorver esse equipamento em suas forças armadas, pois atualmente empregam o sistema THAAD.
O contratante principal será a Lockheed Martin Space Systems Corporation de Sunnyvale, Califórnia. Espera-se que o comprador solicite uma compensação. Qualquer acordo de compensação será definido nas negociações entre o comprador e o contratante.
O US Army inicialmente colocou o THAAD em serviço em abril de 2012 com duas baterias em Fort Bliss, Texas. Para facilitar o treinamento da futura força do THAAD, o Exército abriu um centro de treinamento em Fort Sill, Oklahoma, em 2015. Até o final de 2015, cinco baterias THAAD estavam ativas. A partir de 2019, os Estados Unidos colocaram sete baterias THAAD e implantaram três fora dos Estados Unidos em Guam e na Coréia do Sul. Os Estados Unidos colocam apenas radares FBM AN/TPY-2 adicionais em Kyogamisaki, Japão; Shariki, Japão; Kürecik, Turquia (Sítio K); Mt. Keren, Israel (Sítio 512); e em um quinto local desconhecido, provavelmente na Arábia Saudita.
Em abril de 2019, os Estados Unidos implantaram temporariamente o THAAD no local da Abordagem Adaptativa Faseada Europeia (EPAA) da OTAN em Deveselu, Romênia, enquanto seu sistema Aegis Ashore recebia manutenção. Após ataques de drones e mísseis a instalações petrolíferas sauditas, os Estados Unidos implantaram uma bateria THAAD na Arábia Saudita em outubro de 2019. Este sistema foi retirado em meados de 2021.
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