An F-35 Lightning II flies over Destin, Fla., before landing at its new home at Eglin Air Force Base, Fla., July 14, 2011. Its pilot, Lt. Col. Eric Smith is the first Air Force qualified F-35 pilot and is assigned to the 58th Fighter Squadron. (U.S. Air Force photo/Staff Sgt. Joely Santiago)
O Departamento de Estado Americano informou ao Congresso que aprova uma potencial venda de 50 aeronaves Lockheed Martin F-35A Lightning II via FMS – Foreign Military Sales para os Emirados Árabes Unidos, negócio avaliado em US$ 23,3 bilhões. O anúncio oficial foi feito ontem – 29/10 e segue após uma “espécie de chancela de Israel”, que em 13 de agosto de 2020, reatou relações diplomáticas plenas com o país Árabe, acordo ratificado e assinado em 15 de setembro de 2020 por ambos os países na Casa Branca, nos EUA, que havia mediado o acordo.
A chancela de Israel veio com a garantia dos EUA do cumprimento da lei americana que, Israel tem a garantia de receber as armas necessárias para manter sua “vantagem militar qualitativa” sobre as nações árabes. Autoridades americanas disseram que vão fornecer essa garantia, independentemente das vendas do F-35, sem especificar publicamente que contrapartida ofereceram a Israel.
Isto faz pensar que, provavelmente, os futuros F-35A da Força Aérea dos Emirados Árabes Unidos (UAEAF – United Arab Emirates Air Force) devem ter capacidades inferiores ou escalonáveis se comparados a dos Adir. A expectativa é que o negócio entre a Lockheed Martin e a UAEAF seja assinado até o dia 2 de dezembro, para ser uma das atrações do Dia Nacional dos Emirados Árabes Unidos. Não há informações de quando os primeiros F-35 cegarão as bases da UAEAF.
O anúncio na quinta-feira, ocorre pouco mais de um mês após o reconhecimento oficial do estado de Israel pelos Emirados Árabes Unidos em 15 de setembro de 2020. Hoje na região, apenas Israel opera o F-35, em sua versão F-35I Adir, sendo o primeiro país a usar a aeronave em combate em missões na na Síria e também no Líbano.
Após o anúncio, as ações da Lockheed Martin entraram em alta em Wall Street, e subiram US$ 2,74 para US$ 353,50 por ação, um aumento de aproximadamente 0,87%. O desempenho financeiro da Lockheed Martin tem sido consistente durante os últimos cinco anos, com as ações retornando um rendimento de dividendos de 2,94%, mesmo com atrasos, problemas de fornecimento e os prejuízos causados pelo turcos com sua saída do programa JSF.
O sucesso do programa F-35 tem sido uma fonte importante de receita para a Lockheed Martin, que já vendeu caça de 5a geração para a Austrália, Bélgica, Cingapura, Coreia do Sul, Dinamarca, Estados Unidos, Holanda, Itália, Israel, Japão, Noruega, Polônia, Reino Unido, além dos Emirados Árabes Unidos. A única baixa é a Turquia, que teve suspensa a venda de suas aeronaves pelos EUA, face a sua aproximação com a Rússia. Suas aeronaves já produzidas, devem ironicamente ser adquiridas pela Grécia. Ainda existe a possibilidade de venda de um lote de F-35A para o Catar.
@CAS