EUA acusa Coreia do Norte de enviar munições de artilharia para a Rússia. Os Estados Unidos têm informações indicando que a Coreia do Norte estaria fornecendo secretamente à Rússia uma quantidade “significativa” de munições de artilharia para fomentar a guerra na Ucrânia. A informação foi divulgada na semana passada por John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
De acordo com Kirby, o governo norte-coreano estaria “tentando fazer parecer que os materiais bélicos estão sendo enviados para países do Oriente Médio ou Norte da África”. Sem fornecer detalhes de quantidades e tipos de munição, Kirby observou que “os Estados Unidos não acreditam que esta quantidade mudaria a direção do conflito”.
De acordo com Bruce Klingner, ex-vice-chefe da divisão coreana da CIA, que agora trabalha na Heritage Foundation, a Coreia do Norte provavelmente fornecerá à Rússia projéteis de 122 mm e 152 mm, bem como projéteis para vários lançadores de foguetes. Essas munições seriam compatíveis com sistemas russos, e com sistemas que a Coreia do Norte está tentando substituir por novos equipamentos que trabalham com calibres diferentes, disse ele.
A validade e a qualidade dessas munições é uma questão em aberto. Durante o bombardeio de artilharia na ilha de Yeonpyeong, na Coreia do Sul, em 2010, um quarto dos projéteis que atingiram o solo não detonaram. “Se for munição mais antiga, isso também traz a ideia de qualidade”, disse Klingner.
Autoridades dos EUA acreditam que as sanções ocidentais esgotaram os arsenais russos, bem como sua capacidade de produzir novas armas. Isto é demonstrado pela aquisição de drones iranianos, que estão sendo usados massivamente em ataques contra cidades na Ucrânia.
O governo Biden alertou na semana passada que a Rússia poderia se abastecer de mísseis balísticos de curto alcance do Irã, mas Kirby disse que não havia confirmação recente de que isso tivesse acontecido. Confo
“À medida que o presidente russo Vladimir Putin continua a perder terreno, soldados e força, ele está indo além de suas fronteiras”, disse Kirby. “É um sinal de quão isolado ele continua se sentindo financeiramente. Sua própria base industrial de defesa não consegue acompanhar o ritmo em que está usando armas na Ucrânia”.
Fonte: Reuters
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