Estações Meteorológicas de Altitude Automáticas: eficiência operacional e economia de recursos. Para garantir a segurança da aviação, é essencial ter conhecimento da situação da meteorologia, pois vários fenômenos afetam diretamente a estabilidade dos voos, como rajadas de vento, trovoadas e nevoeiros.
O Serviço de Meteorologia Aeronáutica no Brasil é de responsabilidade do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). Nesse cenário, a operação das estações meteorológicas de superfície, de altitude e os radares meteorológicos transmitem informações meteorológicas e geram previsões úteis para a aviação mundial.
Um dos destaque do avanço tecnológico nesta área é a implantação das Estações Meteorológicas de Altitude Automáticas (EMA-A) em Uruguaiana (RS) e em Fernando de Noronha (PE), que trouxeram maior eficiência operacional e confiabilidade para o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.
As EMA-A destinam-se a coletar e processar os dados meteorológicos, especialmente de temperatura, de umidade e de pressão, desde a superfície até níveis superiores da atmosfera, utilizando-se de sinais enviados por radiossonda lançada e acoplada a um balão meteorológico.
A principal finalidade é melhorar os serviços meteorológicos de análise, vigilância e previsão nas áreas das Regiões de Informação de Voo, onde o acesso de recursos humanos se tornem inviáveis.
Essas estações de sondagem trazem, de forma pioneira, a funcionalidade de automaticidade no lançamento de balões e atuam em locais geograficamente remotos, de difícil acesso e em condições adversas.
“Oferecem uma alta capacidade de sondagem autônoma, podendo ficar até quatro semanas desassistidas. Por meio do Sistema de Controle Remoto e Monitoração, os técnicos controlam as sondagens e realizam diagnósticos à distância, resultando na redução dos custos operacionais do sistema”, explica a Chefe da Divisão Técnica da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), Major Engenheira Talita da Cunha Mattos.
As EMA-A das localidades de Uruguaiana e Fernando de Noronha são monitoradas pelo Segundo e Terceiro Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTA II e III), respectivamente.
Em um futuro próximo, o DECEA fará a implantação de mais Estações Meteorológicas de Altitude Automáticas em outras localidades, com previsão para Canoas (2º semestre de 2025), Cruzeiro do Sul (1º semestre de 2026), Macapá (2º semestre de 2026), Santarém (2º semestre de 2026), Tiriós (1º semestre de 2027) e Manicoré (2º semestre de 2027).
Fonte: FAB/DECEA
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