Eslováquia anunciou envio dos seu MIG-29 para a Ucrânia. A Eslováquia anunciou na sexta-feira (17/03) que, assim como fará a Polônia, enviará seus caças MiG-29 para a Ucrânia. De acordo com o primeiro-ministro eslovaco, Eduard Heger, o país também fornecerá para Kiev, parte do seu sistema de defesa aérea KUB.
“O governo aprovou hoje um acordo sobre a doação de equipamentos militares para a Ucrânia. O processo de entrega dos caçasMiG-29 será coordenado em conjunto com a Polônia e com outros aliados”, disse Heger.
Com a entrega dos equipamentos militares, o primeiro-ministro eslovaco disse que o governo receberá uma compensação financeira da União Europeia e dos Estados Unidos, estimada em cerca de US$ 700 milhões.
No ano passado, a Força Aérea da Eslováquia (SAF) retirou de operação sua frota de onze jatos MiG-29. Estima-se que a maioria deles não esteja em condições operacionais, entretanto serão utilizados apenas os jatos em condições, e os demais servirão como fonte de peças de reposição.
Os aliados da OTAN no antigo leste comunista, têm sido solidários com Kiev, desde quando a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. Na quinta-feira (16/03), a Polônia anunciou o envio de quatro caças MiG-29 para os ucranianos.
Com a divisão da Tchecoslováquia, no início dos anos 1990, a Eslováquia recebeu uma dezena de MiG-29. Posteriormente comprou mais 14 jatos como parte do desbloqueio da dívida russa, tendo modernizado as células mais novas e aposentando as mais antigas.
Em 2019 a Eslováquia assinou um contrato com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos envolvendo a aquisição de 14 novos Lockheed Martin F-16 Block 70, em um contrato no valor aproximado de US$ 800 milhões. As primeiras aeronaves deverão ser entregues em 2024.
O primieiro-ministro Heger está governando como interino até as eleições antecipadas marcadas para setembro. A oposição e até mesmo alguns membros da coalizão governista questionar se o gabinete tem permissão para decidir sobre coisas como os MiGs. Heger disse que todos os especialistas em direito que seu governo consultou disseram que a medida era legalmente sólida.
Fonte: Reuters
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