Entre pousos e decolagens: saiba mais sobre a segurança nas Torres de Controle brasileiras. O Brasil possui uma rede extensa de aeroportos, abrangendo desde grandes terminais internacionais até pequenas instalações locais. Toda essa quantidade de aeroportos serve como ponto crucial de entrada e saída para passageiros e cargas, contribuindo significativamente para a conectividade do País.
Responsável por coordenar as operações em solo e nos arredores dos aeródromos, a Torre de Controle de Aeródromo (TWR) desempenha um papel fundamental na segurança, coordenação e eficiência das operações aéreas. Ao todo, no Brasil, 57 aeroportos possuem Torres de Controle operadas pela Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). Eles estão entre os mais movimentados do País, como os aeroportos de Congonhas, em São Paulo; do Galeão, no Rio de Janeiro; e de Brasília, na Capital Federal.
“A Torre é responsável pelo controle das aeronaves nas fases de decolagem, pouso, táxi e estacionamento, incluindo voos nos circuitos de tráfego e o acesso de viaturas e pessoas nas pistas e nos pátios”, explica o Chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha.
As tarefas de uma Torre são organizadas em diferentes posições, com destaque para a Posição Solo, que gerencia a movimentação de aeronaves no pátio durante o táxi; e a Posição Controle Torre, responsável pelo espaço aéreo na vizinhança do aeroporto, sobretudo na coordenação e sequenciamento das aeronaves nas operações de pouso e decolagem.
Há ainda a Torre de Controle Digital (D-TWR), localizada na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. Primeira experiência de torre remota no País, na D-TWR Santa Cruz, a visualização tradicional do controlador foi substituída pela visualização de um sistema de vigilância, composto por câmeras de alta resolução e monitores, que proporcionam aos controladores uma visão panorâmica do aeródromo e de sua vizinhança.
Comunicação com os pilotos
A comunicação entre a Torre de Controle e os pilotos é decisiva para garantir a segurança nos aeroporto de sua responsabilidade. Utilizando radiofrequências dedicadas, os controladores fornecem informações essenciais, como autorizações para decolagem e pouso, condições meteorológicas e instruções de tráfego, entre outras informações de segurança que se fizerem necessárias no trânsito das aeronaves pelo aeroporto, no pouso e na decolagem.
As autorizações de decolagem, pouso e taxiamento são concedidas com base em um conjunto abrangente de práticas e medidas que priorizam a segurança operacional. Procedimentos padronizados, sistemas automatizados e fraseologia única, para os quais pilotos e controladores foram treinados, contribuem para a eficácia dessa comunicação.
Os sistemas automatizados também auxiliam no monitoramento do tráfego aéreo. A incorporação de novas tecnologias de gerenciamento de tráfego aéreo, como o Controle Total da Informação de Tráfego Aéreo (TATIC), a Autorização de Tráfego via Enlace de Dados (DCL) e o radar de solo, permitem otimizar as operações com segurança. Segundo o Brigadeiro Peçanha, essa sempre será a prioridade.
“O uso de tecnologia de ponta, a capacitação especializada, os procedimentos padronizados, as práticas rigorosas de comunicação e o monitoramento constante são pilares fundamentais que sustentam a nossa abordagem. Do mesmo modo, a colaboração com órgãos reguladores e as auditorias frequentes, bem como a análise contínua de indicadores e incidentes são parte integrante de nossos esforços para manter e aprimorar os mais altos padrões de segurança nas operações aeroportuárias. Estamos dedicados a garantir que o espaço aéreo brasileiro seja seguro e eficiente para todos os usuários”, afirma o Oficial-General.
Fonte: FAB/DECEA
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