O novo helicóptero de alerta antecipado Merlin Crowsnest AEW da Marinha Real Britânica, ou Royal Navy (RN), entrou em serviço no 820 Naval Air Squadron. O anúncio veio a tempo para a implantação operacional no Carrier Strike (CGS21), que ocorrerá no mês de maio. O HMS Queen Elizabeth deve ser desdobrado no Mediterrâneo, Oceano Índico e região Indo-Pacífico, em um desdobramento operacional com os aliados do Reino Unido.
Por conta das restrições do Coronavírus, os três Merlin Crowsnest que acompanharão o CGS21 experimentaram atrasos nas certificações operacionais iniciais, mas isso habilita a capacidade básica operacional com algumas limitações. O IOC (Capacidade Operacional Inicial) completo deverá ser recebido em setembro de 2021 e o FOC (Capacidade Operacional Final) em maio de 2023.
Apelidados de “baggers”, por conta da grande cúpula escamoteável instalada ao lado da fuselagem, o novo Merlin Crowsnest é equipado com um radar de vigilância Thales Searchwater 2000, permitindo que o comandante do grupo de ataque do porta-aviões tenha uma visão muito além do horizonte, para analisar e reagir antecipadamente a quaisquer ameaças aéreas ou de superfície. Essa missão realizada pelo Crowsnest é conhecida como ASAC (Airbone Surveillance and Control).
Baseados na Royal Naval Air Station (RNAS) Culdrose, a nova geração de ‘baggers’ da Royal Navy, assume o papel deixado pelos veteranos Sea King ASaC.7 DRLO do 849 Naval Air Squadron, aposentados em 2018.
Em janeiro de 2017, o Ministério da Defesa britânico concedeu um contrato no valor de 269 milhões de libras à Lockheed Martin UK, envolvendo o fornecimento de dez kits Crowsnest para a aviação naval. Os equipamentos são compostos por sistemas de radares modulares removíveis Thales, que podem ser instalados em qualquer um dos 30 helicópteros navais Leonardo AW101 Merlin HM.2 da RN.
O primeiro voo de um Merlin HM.2 equipado com o kit Crowsnest aconteceu no final de março de 2019, no complexo industrial da Leonardo Helicopters (anteriormente AgustaWestland), em Yeovil, UK.
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