Enchente no RS: NAM Atlântico lança SARP em Rio Grande para mapear áreas atingidas. Atracado no Porto da cidade do Rio Grande (RS), o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico” realizou o inédito lançamento de um Sistema Aéreo Remotamente Pilotado (SARP) RQ-1 ScanEagle do 1º Esquadrão de Aeronaves Remotamente Pilotadas (EsqdQE-1).
A operação, que representa um marco importante no avanço tecnológico da Marinha do Brasil (MB), tem o objetivo de identificar a situação dos locais mais afetados pelas enchentes, no Rio Grande do Sul, registrando situações de alagamento, destroços e a possibilidade de locais ainda não verificados.
Durante a ação, foram observadas regiões como a Lagoa dos Patos, a Ilha dos Marinheiros e toda área da costa. Todas as imagens captadas são transmitidas simultaneamente para a equipe terrestre na Força Naval Componente do 5º Distrito Naval, em Rio Grande, que faz parte do Comando Conjunto da Operação “Taquari 2”.
De acordo com um dos integrantes da equipe do EsqQE-1, o uso da tecnologia é mais uma forma da apoiar as ações no Sul. “Trata-se da capacidade de colocar os olhos da Força Naval no ar para que a gente possa observar tudo que for necessário e poder dar continuidade à ajuda humanitária na região.”
Sistema Aéreo Remotamente Pilotado
O SARP utilizado tem capacidade de realizar missões de vigilância, reconhecimento e coleta de dados com alta precisão. O alcance máximo é de 54 milhas náuticas (98 quilômetros) de distância do navio-base e 13 horas de autonomia.
O equipamento, considerado de baixo custo, recebe até oito litros de combustível, tem 3,1 metros de envergadura e possui uma câmera eletro-óptica com um zoom que aproxima em até 171 vezes. Isso significa que, sobrevoando a dois mil pés de altitude, o sistema é capaz de registrar a imagem da placa de um veículo, por exemplo.
Para que a operação seja realizada, o Esquadrão precisa embarcar todo o material de apoio como o lançador, a estação de controle e o recolhedor. O processo de retorno da aeronave ocorre a partir da redução da velocidade, até que ela seja capturada por dois ganchos do recolhedor.
O avanço tecnológico na Força
Com o lançamento, a Marinha do Brasil se adéqua à necessidade da operação com os meios e capacidades que já possui e abre caminho para futuras operações de SARP, a partir do Navio-Aeródromo. A expectativa é que, com o contínuo desenvolvimento e a adoção de novas tecnologias, os drones desempenhem um papel cada vez mais importante em diversas áreas, contribuindo para a segurança, a eficiência e o desenvolvimento sustentável.
O marco histórico reforça o papel da Marinha na busca por soluções inovadoras, em prol da sociedade e da defesa do País (Fonte: Agência Marinha de Notícias).
Nota RFA: Subordinado ao Comando da Força Aeronaval (ComForAer) e sediado na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (RJ), o EsqdQE-1 possui uma frota de quatro drones RQ-1 ScanEagle. Seu principal objetivo contribuir para o emprego do Poder Naval por meio da utilização de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP).
@FFO