Enchente no RS: FAU envia 8 militates do PARASAR. Um bimotor Beechcraft B-65 Queen Air, da Fuerza Aérea Uruguaya (FAU) matrícula FAU 540, chegou a Base Aérea de Santa Maria (BASM), proveniente do Aeroporto Internacional de Carrasco, transportando 8 soldados do PARASAR, vinculados a Seção de Treinamento e Operações de Resgate da Aeronáutica (SOER). O B-65 FAU 540 levou o PARASAR em socorro ao Rio Grande do Sul as vítimas da enchente.
O PARASAR uruguaio é uma tropa especializada formada de socorristas, paraquedistas e mergulhadores. Normalmente essas tropas não carregam apenas equipamentos paramédicos e de resgate, mas também um sistema de iluminação portáteis para facilitar o pouso de helicópteros em locais improvisados.
É a única unidade militar uruguaia especificamente organizada, treinada e equipada para realizar operações de resgate convencionais e não convencionais, especializada em atendimento médico de emergência e recuperação de pessoal em ambientes adversos. Neste caso, realizarão operações de resgate helitransportado em terra e talvez na água, a qualquer hora do dia e da noite, neste caso empregando Óculos de Visão Noturna (NVG).
O Ministério da Defesa do Brasil, já confirmou que o pessoal do SOER já está atuando, voando nos inúmeros helicópteros que estão atuando nas missões de resgate, apoio logístico e ressuprimento na região central do RS, operando a partir de Santa Maria.
A aeronave que levou o PARASAR tem um longa história na FAU. Em 1968, a FAU adquiriu dois Beechcraft Queen Air B-65, matrículas FAU 540 e 541 — mais exemplares chegariam depois — para substituir o C-47 FAU 507, primeira tentativa de se ter uma aeronave presidencial uruguaia, além de cumprir outras missões de transporte VIP e sanitárias.
Os B-65 transportaram presidentes, ministros, legisladores e até algumas autoridades estrangeiras no país, como o ex-secretário da Organização dos Estados Americanos (OEA), o equatoriano Galo Plaza. Atualmente um deles encontra-se mantido em operação sob as ordens da Direcção Nacional de Aviação Civil e Infra-estruturas Aeronáuticas (DINACIA), onde serviu durante quase uma década como plataforma de verificação de voo.
Ele também colabora em transferências pontuais com a Esquadra Aérea Nº. 3 (Transporte) sediada na Base Aérea nº 1 (Carrasco), enquanto a célula 541 atende os alunos da Escola Técnica de Aeronáutica. Na área civil, o Uruguai também teve um B65 convertido para “Excalibur”, pela empresa Air Class.
Texto: Javier Bonilla.
@CAS