Em menos de uma semana porta-aviões chinês lançou mais de 100 aviões perto do Japão e de Taiwan. O porta-aviões Liaoning da Marinha do Exército de Libertação Popular da China (PLAAN), lançou mais de uma centena de aviões em seis dias de exercícios próximos ao Japão e Taiwan. A informação foi divulgada na terça-feira (10/05) pelo ministro da Defesa do Japão, Nobuo Kishi em entrevista coletiva.
De acordo com Kishi, o Grupo de Combate da PLAAN, liderado pelo porta-aviões Liaoning, movimentou mais de uma centena de aviões e helicópteros entre os dias 03 e 08 de maio, enquanto operava a cerca de 160 quilômetros a sudoeste de Okidaitojima, e 150 ao sul da Ilha de Ishigaki.
Demonstrando preocupação, Kishi falou que a atitude chinesa pode fazer parte de um esforço para demonstrar a capacidade operacional do seu porta-aviões em missões mais distantes. “O governo japonês teve que monitorar a situação com preocupação, porque aconteceu perto das ilhas do sudoeste do Japão e de Taiwan”, observou o ministro japonês.
De acordo com especialistas militares chineses ouvidos pelo Global Times, esses destinam-se a “deter os secessionistas da independência de Taiwan, e forças de interferência externa como os EUA e o Japão”. O número de surtidas aéreas chamou a atenção dos especialistas, mas estaria refletindo os altos níveis de treinamento e preparação para o combate do porta-aviões, que que em “combate real poderia se sair ainda melhor”.
“Mais de 100 missões de aeronaves em seis dias é um número decente para exercícios, mas certamente não é o potencial máximo do Liaoning, porque nos treinos ele pode experimentar diferentes tipos de táticas, aprimorar a coordenação ou treinar novos pilotos. Então, em combate real, seria de se esperar que o Liaoning exibisse uma taxa de surtida ainda maior”, disse Fu Qianshao, especialista em aviação militar chinesa, ao Global Times.
Comparado com os super porta-aviões movidos a energia nuclear dos EUA, que usam catapultas para lançar aeronaves, o porta-aviões chinês inevitavelmente tem desvantagens em termos de taxa de surtidas aéreas, porque é menor e usa um esqui para lançamentos dos aviões.
Mas a guerra moderna nunca se trata de lutar sozinho, pois o grupo de porta-aviões chinês tem outros membros poderosos, como os destróieres Type 055 e Type 052D, com excelentes capacidades de defesa aérea e antinavio, disse Fu. Na porta da China continental, o grupo de porta-aviões do PLA receberá apoio de forças terrestres, incluindo mísseis balísticos antinavio, observou o especialista.
Além disso, a China também está construindo um terceiro porta-aviões , que deve ser maior que os dois anteriores e pela primeira vez ser equipado com catapultas.
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