Caças Lockheed Martin F-22 Raptor da USAF, baseados em Elmendorf AFB (AK), no Alasca, atribuídos ao NORAD (North American Aerospace Defense Command), com suporte de reabastecedores KC-135, interceptaram em 28 de agosto, seis aeronaves russas de patrulha marítima Tupolev Tu-142 Bear F/J na ADIZ Alasca (Zona de Identificação da Defesa Aérea do Alasca).
O NORAD é um comando binacional focado na defesa aérea dos Estados Unidos e Canadá, que atua respondendo as potenciais ameaças a qualquer uma das duas nações amigas.
As aeronaves russas estavam divididas em três esquadrilhas com duas aeronaves cada, e voaram aproximadamente cinco horas na ADIZ, chegando a 50 milhas náuticas (aproximadamente 93 km) da costa do Alasca. Em nenhum momento os russos entraram no território dos Estados Unidos ou do Canadá, permanecendo em espaço aéreo internacional.
A sexta-feira passada, 28 de agosto de 2020, foi um dia movimentado no espaço aéreo do hemisfério norte.
Naquele dia a Rússia finalizou o grande exercício “Ocean Shield 2020”, que envolveu as quatro frotas da aviação naval (Norte, Pacífico, Mar Negro e Báltico). Em comunicado oficial a Marinha Russa informou que naquele dia, dezenas de aeronaves realizaram voos simultaneamente, entre elas uma esquadrilha de dez Tupolev Tu-142 que voou sobre o Mar Negro, o Mar Báltico, o Mar da Noruega, o Mar de Chukchi e o Mar de Beaufort. Parte deste grupo de Tu-142 foi inteceptada pelos F-22 do NORAD, sem qualquer incidente e violação do direito internacional durante as operações.
Coincidência (ou não), no mesmo dia 28 de agosto, a OTAN realizou uma missão chamada “Allied Sky 2020”, com uma esquadrilha de B-52H sobrevoando todos os 30 países membros da Aliança. Vários países aliados interceptaram de forma amistosa os bombardeiros americanos. Entretanto, próximo ao Mar Negro, caças Su-27 Flanker russos interceptaram acintosamente o B-52H, gerando reclamação por parte do Pentágono.
@FFO