Egito em negociações avançadas para a compra de caças sul-coreanos FA-50. O governo do Egito está em fase avançada de negociações com a Coreia do Sul, visando a aquisição de jatos de combate FA-50 Fighting Eagle e mísseis antitanque TAIpers.
Em uma entrevista ao jornal sul-coreano The Korea Daily, o embaixador egípcio na Coreia do Sul, Khaled Abdelrahman, disse que as negociações estão progredindo positivamente e mencionou uma cooperação estratégica mais ampla entre os dois países. Ele enfatizou que a tecnologia de defesa sul-coreana poderia desempenhar um papel na estratégia do Egito de desenvolver capacidades industriais nacionais.
Esta declaração vem após uma delegação e empresários do ramo de defesa sul-coreanos, liderados pelo comissário da Administração do Programa de Aquisição de Defesa da Coreia do Sul (DAPA), Seok Jong-gun, visitar ao Egito no mês de fevereiro último.
Este ano marca o 30º aniversário das relações diplomáticas entre o Egito e a Coreia do Sul, e o embaixador também identificou energia, infraestrutura e transformação digital como áreas adicionais de cooperação. O país oferece incentivos para atrair investimentos sul-coreanos em energia renovável, cidades inteligentes e transporte.
entre o Egito e a Coreia do Sul sobre a exportação de aeronaves de ataque leve FA-50 Fighting Eagle e mísseis antitanque (possivelmente TAIpers, de acordo com Hwarang) estavam progredindo positivamente.
Não foi divulgado o número de aeronaves em negociação, mas especialistas estimam algo em torno de 70 jatos de ataque supersônicos FA-50 Fighting Eagle, produzidos pela Korean Aerospace Industries (KAI).
Atualmente, o Egito opera 40 Alpha Jets adquiridos na década de 1970 e 117 K-8E Kararorum chineses. A aquisição de 70 novas aeronaves seria compatível com a substituição de todos os Alpha Jets e parte da frota K-8E.
O FA-50 Fighting Eagle tem como concorrentes no projeto de renovação da frota egípcia o L-15 chinês e o M-346 italiano, duas opções supostamente mais baratas. Por outro lado, o Egito opera uma frota de mais de 200 caças F-16, a quarta maior do mundo, e o FA-50 compartilha mais de 70% de componentes com esta aeronave da Lockheed Martin.
Essa compatibilidade oferece vantagens potenciais em logística, manutenção e cadeias de suprimentos. O inventário de aeronaves de treinamento do Egito atualmente inclui modelos de vários países (Brasil, China e Europa), criando fragmentação logística e o FA-50 poderia otimizar a manutenção e reduzir os custos operacionais. Embora seu preço de aquisição seja comparativamente mais alto, seus custos totais do ciclo de vida são considerados mais baixos.
A versão FA-50 Block 20 inclui melhorias de desempenho que aproximam suas capacidades às do F-16C/D, excluindo a velocidade máxima. Se o contrato egípcio for finalizado em 2025 e combinado com os pedidos existentes da Polônia (48 unidades) e da Malásia (18 unidades), os volumes de produção da KAI poderão aumentar, resultando potencialmente em uma redução nos custos unitários.
O FA-50PL da Polônia é equipado com radar AESA, capacidade de reabastecimento em voo e sistemas de armas expandidos. A configuração da Malásia também inclui um radar AESA, um Sniper Advanced Targeting Pod (ATP), uma sonda de reabastecimento em voo, um canhão de 20 mm, bombas guiadas de precisão da série GBU, mísseis AGM-65 Maverick e mísseis ar-ar AIM-9.
O FA-50 é uma aeronave de ataque leve supersônica desenvolvida pela KAI em colaboração com a Lockheed Martin, baseado no treinador avançado T-50 Golden Eagle, desenvolvido sob o programa KTX-2. Originalmente o programa incluía três variantes: o treinador desarmado T-50A, a aeronave de ataque sem radar TA-50 e o caça de ataque FA-50.
A aeronave voou pela primeira vez em 04 de maio de 2011 e a Força Aérea da República da Coreia encomendou inicialmente 60 jatos FA-50, com o primeiro recebido em 20 de agosto de 2013. Desde então, as aeronaves foram distribuídas em vários esquadrões, incluindo missões como apoio aéreo aproximado e treinamento de conversão.
@FFO