Drones e mísseis russos derrubam F-16 da Ucrânia. Um F-16AM da Ukraine Air Force (UAF) foi derrubado na noite de 28 de junho de 2025 por um ataque de mísseis e drones kamikazes russos. Teria sido o primeiro caça a ser abatido por esta combinação fatal. Este é o sexto F-16 perdido pela UAF.
O F-16 ucraniano caiu na região de Chernihiv durante uma missão para repelir um ataque aéreo russo sem precedentes envolvendo 537 drones e mísseis, um dos maiores bombardeios desta classe no atual conflito russo-ucraniano. A UAF confirmou a perda da aeronave e de seu piloto, o Tenente-Coronel Maksym Ustymenko, que conseguiu desviar o jato danificado de uma área povoada antes que ele colidisse com o solo, sem conseguir ejetar a tempo.
O incidente, ocorrido mais de três anos após o início da invasão em larga escala da Rússia, ressalta a intensa pressão sobre as defesas aéreas da Ucrânia e levanta questões sobre a implantação estratégica de aeronaves avançadas fornecidas pelo ocidente contra ameaças aéreas em massa e de baixo custo.
O ataque russo começou no final do dia 28 de junho e continuou até a madrugada de 29 de junho de 2025 e teve como alvo diversas regiões ucranianas, incluindo Kiev, Cherkasy, Lviv e Mykolaiv, envolveu uma mistura de 477 drones — principalmente o Geran-2, projetado pelo Irã e também chamado de Shahed 136 pelas forças ucranianas — e 60 mísseis, incluindo o hipersônico Kinzhal, mísseis de cruzeiro Kh-101, mísseis de cruzeiro Kalibr e mísseis balísticos Iskander.
As defesas ucranianas abateram 436 drones e 38 mísseis, um feito notável, mas a escala do ataque sobrecarregou os sistemas, causando danos à infraestrutura civil e ferimentos. A perda do F-16, um ativo de alto valor entregue à Ucrânia por aliados da OTAN em 2024, gerou debates sobre o uso tático desses jatos e as implicações mais amplas para o apoio militar ocidental no conflito.
O F-16, pilotado pelo Tenente-Coronel Maksym Ustymenko, foi acionado para interceptar essas ameaças, com foco principal nos drones e, possivelmente, nos mísseis de cruzeiro. Ustymenko teria destruído sete alvos aéreos antes que sua aeronave sofresse danos críticos durante uma tentativa de atingir um oitavo. A Força Aérea Ucraniana declarou no Telegram que o jato perdeu altitude rapidamente e, apesar dos esforços para afastá-lo de áreas povoadas, o piloto não conseguiu ejetar antes da queda.
A causa do acidente permanece sob investigação, sem confirmação oficial se resultou de fogo inimigo, falha mecânica ou destroços de alvos interceptados. Os destroços do jato, localizados na região de Chernihiv, estão sendo examinados por uma comissão especial, com a colaboração de especialistas internacionais. O incidente ocorreu em meio a uma batalha aérea caótica, com as forças ucranianas mobilizando todos os meios disponíveis, incluindo os sistemas Patriot e NASAMS fornecidos pelo ocidente, para conter o ataque russo.
O ataque seguiu um padrão de ataques russos intensificados ao longo de junho de 2025, com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy observando que a Rússia lançou mais de 2.700 drones e mísseis somente naquele mês, conforme relatado pela Reuters. O uso de 537 meios aéreos em uma única noite representa um aumento significativo em relação a ataques anteriores de larga escala, como o de 9 de junho, envolvendo 499 alvos. Essa escalada pode refletir a intenção de Moscou de desafiar as defesas aéreas da Ucrânia e sinalizar à OTAN que até mesmo a tecnologia ocidental avançada pode ser neutralizada.
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que os ataques tiveram como alvo instalações militares-industriais e refinarias de petróleo da Ucrânia, embora a infraestrutura civil, incluindo prédios residenciais em Cherkasy e instituições educacionais, tenha sofrido danos significativos. A combinação de drones Geran-2 de baixo custo e mísseis de ponta como o Kinzhal sugere uma estratégia de sobrepujar as defesas ucranianas com grande volume de ataques, reservando armas de precisão para alvos de alto valor.
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