Drone militar dos EUA neutralizou líder terrorista em Bagdá. Em 04 de janeiro, os EUA conduziram um ataque aéreo com drone sobre Bagdá, no Iraque. A incomum ação matou o líder de uma milícia terrorista Harakat al-Nujaba, apoiada pelo Irã, num esforço para impedir novos ataques às forças americanas estacionadas no Iraque e na Síria.
Em entrevista coletiva, o Major-General da USAF Patrick S. Ryder, Secretário de Imprensa do Pentágono, descreveu a missão como um passo “necessário e proporcional” para eliminar Mushtaq Jawad Kazim al-Jawari (também conhecido como “Abu Taqwa”), importante membro da milícia iraquiana que planejou e executou ataques contra militares dos EUA no Oriente Médio.
O ataque ocorreu ao meio-dia de quinta-feira (04/01), enquanto Abu Taqwa e outro membro do grupo – também neutralizado – viajavam em um veículo em Bagdá. O Pentágono forneceu poucos detalhes sobre operação, inclusive o tipo de aeronave utilizada.
Por sua vez, o governo iraquiano condenou a ação alegando a violação do acordo firmado com os EUA, que entre outras medidas, permite que cerca de 2.500 militares americanos permaneçam no país, atuando em suporte às Forças Armadas Iraquianas na luta contra os terroristas do Estado Islâmico.
O Major-General Yehia Rasool, porta-voz das forças de segurança iraquianas, disse que o ataque dos EUA foi uma “flagrante agressão e violação da soberania e segurança do Iraque… semelhante a atividades terroristas”.
Desde outubro de 2023, as milícias apoiadas pelo Irã realizaram pelo menos 120 ataques contra as tropas dos EUA no Iraque e na Síria. Um militar ficou gravemente ferido. “Os EUA mantêm sempre o direito inerente de autodefesa se as nossas forças forem ameaçadas”, disse Ryder.
A dúvida é se a esta recente ação irá dissuadir as milícias apoiadas pelo Irã ou incentivá-las a intensificar os seus ataques contra as tropas americanas, especialmente neste momento que o Hamas – apoiado pelo Irã – está em total conflito contra Israel. Além disso, as posição das autoridades iraquianas levanta o debate sobre a presença militar dos EUA no seu país.
Essa foi a primeira ação deste tipo realizada no governo do presidente Joe Biden, e ocorreu um dia após o quarto aniversário do ataque de drones realizada pelo governo Trump, e que matou o líder paramilitar iraniano Qassem Soleimani perto do aeroporto de Bagdá.
De acordo com uma análise do Instituto de Política do Oriente Próximo sediado em Washington, o grupo terrorista Harakat al-Nujaba foi responsável por 69 por cento dos ataques às forças dos EUA no Iraque e na Síria desde 17 de outubro de 2022.
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