Dia agitado no espaço aéreo de Taiwan. O Ministério da Defesa de Taiwan informou que na última quinta-feira (23/09), nada menos que 19 aviões militares chineses invadiram a Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) do país. Esta foi a maior operação militar de Pequim no espaço aéreo de Taiwan nos últimos dias.
De acordo com o comunicado do Ministério da Defesa de Taiwan, as missões do Exército de Libertação do Povo da China (PLA) foram realizadas por 12 caças Shenyang J-16, dois jatos de combate Shenyang J-11, dois Y-8 ASW de guerra antissubmarino, um Y-8 EW de guerra eletrônica, e um par de bombardeiros nucleares H-6K.
Em contrapartida, caças da Força Aérea da República Popular da China/Taiwan (RoCAF), foram acionados em missão de defesa aérea, para interceptar, identificar e acompanhar os tráfegos chineses. Simultaneamente, foram ativados todos os sistemas de controle e defesa do espaço aéreo da ilha.
Taipei relatou que na última semana, o movimento de aviões militares chineses havia sido menos do que o habitual, compreendendo apenas uma dezena de aeronaves que entraram na sua ADIZ, entre elas seis J-16 e dois caças J-11.
Recentemente o governo de Taiwan divulgou que estaria ampliando o investimento de defesa em US$ 8,69 bilhões pelos próximos cinco anos. O motivo é a preocupações de que a China está intensificando o seu poderio militar nos últimos tempos.
Pequim tem reclamado o envolvimento cada vez mais próximo dos EUA com Taipei, descrevendo como um desaranjo no “status quo” da região. No mês passado, o Comando da Região Oriental do PLA conduziu simulações de assalto, em resposta a “provocações”, citando o aumento dos laços militares e políticos dos EUA com a ilha taiwanesa. Os exercícios tinham por objetivo testar a capacidade das tropas na defesa da soberania chinesa.
Desde que o presidente dos Estados Unidos Joe Biden assumiu o cargo, a Casa Branca aumentou seu interesse em Taiwan. Vários navios de guerra da Marinha dos EUA cruzaram o Mar da China Meridional, levando Pequim a chamar os americanos de “o maior destruidor da paz” no final de julho.
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