Destacamento Typhoon da AMI na Polônia vê crescer número de interceptações de aviões russos. Nas últimas semanas, o destacamento de caças Eurofighter Typhoon da Aeronáutica Militare Italiana (AMI) enviados para a Polônia, realizaram 16 surtidas QRA (Quick Reaction Alert) para interceptar 19 aviões de combate russos. Em apenas uma semana, foram acionados oito “Alpha Scrambles”, ou saídas de alertas reais, sendo a mais recente na manhã de 06 de outubro.
Este número é considerado “impressionante” pelo Comandante da Força-Tarefa taliana “White Eagle”, o destacamento Typhoon da AMI que apoia a missão de Policiamento Aéreo Aprimorado (ePA) da OTAN na Polônia..
Altri 2 #Scramble per gli #Eurofighter della Task Force Air “White Eagle” in #Polonia decollati per intercettare jet russi in volo nella zona del Mar Baltico. Solo in questa settimana i velivoli dell’#AeronauticaMilitare hanno effettuato 7 decolli immediati#NATO #AirPolicing pic.twitter.com/f0n5AwTmYu
— Aeronautica Militare (@ItalianAirForce) September 22, 2022
“Na Polônia a atividade é intensa. Todas essas aproximações de aeronaves russas do espaço aéreo da OTAN, sempre sobre as águas internacionais, são inéditas aqui. No entanto, mantemos a calma e estamos preparados para fazer o nosso trabalho. Nosso moral está alto”, disse o Coronel Salvatore Florio, Comandante do TFA “White Eagle” à agência de notícias Adnkronos.
Conforme noticiamos, os quatro Typhoon da AMI chegaram na base polonesa de Malbork em 28 de julho, e são oriundos de quatro Stormos (Alas): 4° ‘Amedeo d’Aosta’, 36° ‘Riccardo Helmut Seidl’, 37° ‘Cesare Toschi’ e 51° ‘Ferruccio Serafini’. Quando necessário eles recebem suporte de outros ativos como por exemplo do avião- tanque KC-767A e do G550 CAEW (Conformal Airborne Early Warning) , ambos pertencentes ao 14° Stormo da Base Aérea de Pratica di Mare, na Itália.
Seu papel na região é reforçar a postura de dissuasão no flanco nordeste do espaço aéreo da OTAN, bem como garantir a integridade e segurança do espaço aéreo polonês e de todos os países da Aliança, mantendo uma flexibilidade estratégica para intervir rapidamente em outras áreas em caso de necessidade.
#Scramble, nuovo decollo immediato per gli #Eurofighter italiani impegnati in attività di Air Policing in Polonia per intercettare 4 caccia russi che avevano interessato gli spazi aerei polacco e svedese prima di essere costretti a rientrare nello spazio aereo di Kaliningrad pic.twitter.com/xY6b3YA4YI
— Aeronautica Militare (@ItalianAirForce) October 5, 2022
Em muitas saídas, os Typhoon italianos voam ao lado dos MiG-29 da Força Aérea Polonesa, que são baseados em Malbork.
“Voamos pelo menos duas vezes por dia e acima de 40 horas de interceptação operacional real, o que soma mais de 250 horas operacionais no limite do espaço aéreo polonês sobre águas internacionais”, disse o coronel Florio.
Antes de se deslocar para apoiar o eAP em Malbork, na Polônia, os Typhoon da AMI completaram a missão eAPA-S (Enhanced Air Policing Area South) da OTAN na Romênia. Inicialmente prevista para durar apenas quatro meses, a missão se estendeu por sete meses e foi concluída em 1º de julho. Isso ocorreu devido a resposta da OTAN às ações russas na Ucrânia, que também levou o destacamento italiano a dobrar o número de aeronaves para oito F-2000.
Yesterday 🇮🇹🇩🇰 jets under #NATO Air Policing mission quickly reacted to Russian Aircraft over the Baltic Sea
— NATO Air Command (@NATO_AIRCOM) October 6, 2022
🇷🇺did not contact Air Traffic Control, provide flight plans or transmit transponder codes, posing a potential safety risk to Civil Aviation#SecuringTheSkies pic.twitter.com/La4CiO29X7
Parece que a atividade russa no Báltico está bem acima do que os italianos observaram em outras implantações anteriores. “O número de incursões russas nas FIRs polonesa e sueca está se intensificando […] Às vezes os russos são cooperativos, em outros casos menos, mas temos cuidado e tentamos evitar qualquer tipo de mal-entendido”, disse Florio segundo a ANSA .
Os italianos já identificaram cerca de 19 aeronaves das Forças Aeroespaciais Russas e da Marinha Russa. As primeiras imagens que foram divulgadas pela AMI em 22 de setembro mostraram que foram identificadas aeronaves como Su-24 Fencer, Su-27, Su-30s e alguns aviões espiões Il-20.
Fonte: The Aviationist
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