Desafios da Força Aérea Colombiana. Nos últimos anos a Força Aérea Colombiana (FAC) tem retirado de operação várias aeronaves antigas da sua frota operacional. Especialmente as unidades de caça e ataque estão sofrendo com a falta de substitutos, como no caso dos Cessna OA/A-37B Dragonfly do Escuadron de Combate 311 “Dragones”, desativados em 2020.
A FAC fez um grande esforço para manter alguns dos sete A-37B Dragonfly operacionais, tendo inclusive comprado aeronaves excedentes do Chile e da República Dominicana. Mas, a idade avançada e a falta de peças de reposição venceram a batalha desses velhos guerreiros. A saída dessas aeronaves deixou uma lacuna na frota, pois eles se mostraram altamente eficientes em missões de contra-insurgência, em especial nas últimas quatro décadas de combate do governo colombiano contra o narcotráfico.
Em 2021 começaram a chegar na Colômbia os novos Beechcraft T-6C Texan II para substituição dos 13 Cessna T-37 Tweet, que foram completamente aposentados em junho do ano passado. Atualmente a frota do Comando de Combate Aéreo nº 1 (CACOM-1) contabiliza sete monomotores T-6A Texan II, sendo que a última aeronave incorporada marcou o milésimo Texan II construído pela Beechcraft.
A FAC repassou seu único C-26B Metro remanescente para a Polícia Nacional Colombiana, e aposentou dois Cessna 337 e seu único IAI 201 Arava, em serviço desde 1980.
A Escola de Aviação Militar (EMAVI) de Cali, aposentou seus clássicos Boeing PT-17 Stearman e DHC U-6A Beaver após décadas de serviço na na FAC. Embora não estivessem na linha operacional, ambos modelos eram mantidos em condições de voo. A EMAVI recebeu oito novos Cessna 172S Skyhawk e alguns CIAC T-90C Calimas que substituíram os dez últimos Cessna T-41D Mescalero.
Por fim, sem dúvidas, a mais urgente demanda da FAC achar um substituto para os caças supersônicos IAI Kfir, cuja aposentadoria está prevista para o ano que vem. Em contraponto a essa demanda, o novo presidente Gustavo Petro, recentemente empossado, afirmou que a compra de caças não era sua prioridade “número um”.
Uma recente visita de Petro à Base Aérea de Palanquero – onde ele voou em um Kfir (leia detalhes aqui) – foi a cartada do Alto Comando da FAC para que o novo mandatário compreenda a urgência na aquisição de um sucessor para os velhos supersônicos Kfir, que por décadas mantém a primeira linha da defesa aérea nacional.
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