Deputado russo propõem que Moscou compre o porta-aviões chinês Liaoning. Recentemente um deputado Partido Liberal Democrático da Rússia (LDPR) propôs que Moscou adquira o porta-aviões Liaoning (16) da Marinha do Exército Popular da China (PLAN). De acordo com a agência de notícias RIA Novosti, a proposta é do Deputado Sergey Karginov, que inclusive propõem batizar a embarcada como “Vladimir Zhirinovsky”, fundador do LDPR.
“Ele deveria se tornar um dos principais navios de guerra da URSS. Após o colapso da União Soviética, a Ucrânia preferiu vendê-lo por algumas garrafas de vodca, ao preço de sucata. Dada a situação atual, vou propor a compra do navio chinês e batizá-lo com o nome do fundador do partido liberal Democrata Vladimir Zhirinovsky e torná-lo o Capitânia da Frota do Mar Negro”, comentou Karginov sobre a sua iniciativa.
O novo porta-aviões seria operado pela Frota do Mar Negro da Marinha Russa, uma vez que o seu único porta-aviões, o Almirante Kuznetsov, está fora de operação e atracado em um estaleiro desde 2017. Não houve um pronunciamento oficial do governo russo sobre as palavras do membro da Duma (órgão legislativo da Federação Russa).
Curiosamente, o Liaoning é um porta-aviões da Classe Kuznetsov, fabricado na União Soviética em 1988 onde recebeu o nome de batismo “Varyag”. Com o desmantelamento do regime soviético, em 1992 ele foi assumido pela Ucrânia, ainda inacabado. Posteriormente o “Varyag” foi vendido como sucata para uma empresa chinesa que, teoricamente, iria convertê-lo em um cassino. Entretanto, a embarcação foi modernizada e incorporada como o primeiro navio-aeródromo da PLAN em 2012, que inicialmente o batizou como “Shi Lan” e posteriormente “Liaoning” (16).
Após algumas atualizações concluídas no final de 2018, a China anunciou que o Liaoning assumiu o Liaoning Carrier Strike Group (CSG) no Mar da China Oriental. Por esse motivo, especialistas concluem que é improvável que Pequim venda Liaoning.
Com os conhecimentos obtidos com a finalização do Liaoning (16), em cerca de uma década a indústria naval chinesa conseguiu desenvolver localmente o segundo porta-aviões, o Shandong (17) e está concluindo o seu terceiro navio-aeródromo, o Fujian (18).
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