Delegação Uruguaia visita a Aero Vodochody para conhecer o L-39NG. Uma delegação da Força Aérea Uruguaia (FAU) recentemente visitou as instalações da Aero Vodochody, em Praga, na República Tcheca. O objetivo da missão realizada em abril, foi conhecer detalhes do avião de treinamento avançado L-39NG, como parte dos planos da FAU para substituir os seus antigos Cessna A-37B Dragonfly.
A delegação foi chefiada pelo Comandante da Força Aérea Uruguaia, General do Ar Luis H. de León, e pela piloto de teste Tenente-Coronel Lucía Varela. A visita ocorreu no âmbito do acordo de defesa que existe desde o início deste ano, entre o Uruguai e a República Tcheca.
Este não é o primeiro contato entre as autoridades militares uruguaias e da empresa da Aero Vodochody. No dia 08 de fevereiro, o adido militar uruguaio na República Tcheca, Coronel José Pedro Nozar Tabárez, visitou as instalações da empresa onde pôde conhecer a linha de produção do L-39NG.
Lançado em 2018, o L-39NG (Next Generation) possui uma fuselagem mais leve que as versões anteriores do modelo. É equipado com um motor Williams International FJ44-4M, que lhe confere uma velocidade máxima de 420 nós, teto de serviço de 38 mil pés, alcance de cerca de 1.400 milhas e quatro horas e meia de autonomia. O jato é baseado no conceito glass cockpit, equipado com modernos aviônicos, tela LCD ampla, além de um visor integrado montado no capacete. O avançado sistema de treinamento desenvolvido pela fabricante tcheca para a plataforma, inclui dispositivos baseados em Realidade Virtual e Inteligência Artificial.
Na versão configuração para missões de ataque leve, o L-39NG possui cinco hardpoints que podem receber uma variedade de mísseis ar-ar e ar-superfície, além de outros armamentos, sensores, bem como um gunpod. A fabricante informa que o L-39NG tem custos operacionais semelhantes ao de um turboélice, com uma vida útil aproximada de até 15.000 horas de voo, ou seja, três vezes maior do modelo anterior L-39C Albatros.
Entre as Forças Aéreas que escolheram o L-39NG estão a Eslováquia, Hungria, Gana, Senegal e o Vietnã. Além dos operadores militares, empresas privadas de treinamento, como a RSW Aviation e SkyTech, também manifestaram interesse no avião.
Atualmente a primeira linha de caça da FAU está baseada em frota com menos de dez antigos Cessna A-37B “Dragonfly”, todos operados pelo Escuadrón Aéreo N.º 2 (Caza), baseados na Brigada Aérea II em Durazno. A substituição desses vetores está em discussão há anos, e a decisão vem sendo protelada a cada governo que se sucede.
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