DefendTex negocia a compra da Avibras. A Avibras Indústria Aeroespacial e a DefendTex comunicam que vêm mantendo tratativas avançadas para viabilizar um potencial investimento que visa a recuperação econômico-financeira da Avibras. O objetivo é manter suas unidades fabris no Brasil, retomar as operações o mais breve possível e manter o fornecimento previsto nos contratos com o governo brasileiro e demais clientes.
Ambas as companhias estão empenhadas e trabalhando diligentemente para finalizar os termos e condições específicas do investimento e manterão o mercado informado.
A nota acima foi publicada no site da Avibras, confirmando que existe uma negociação avançada em curso, que visa injetar recursos na empresa brasileira. A DefendTex é uma empresa internacional de defesa com sede na Austrália e líder estabelecida em soluções de guerra assimétrica de múltiplos domínios.
Fornecendo tecnologias de defesa líderes no mundo, os recursos da DefendTex incluem armas guiadas de precisão, energia, fabricação de foguetes e loitering munitions. A DefendTex tem ampla experiência em pesquisa colaborativa, tendo comercializado tecnologias de defesa revolucionárias.
Com sede em São José dos Campos e instalações industriais no Vale do Paraíba (Jacareí e Lorena), coração do principal parque tecnológico e aeronáutico do Brasil, a Avibras destaca-se pela produção do Sistema ASTROS 2020, capaz de lançar mísseis de cruzeiro e foguetes guiados, atualmente em desenvolvimento na empresa.
Presente nos mercados nacional e internacional, a Avibras também se destaca no desenvolvimento e na industrialização de diferentes motores foguetes para a Marinha do Brasil e para a Força Aérea Brasileira; sistemas fixos ou móveis de C4ISTAR (Comando, Controle, Comunicação, Computação, Inteligência, Vigilância, Aquisição de Alvo e Reconhecimento) e Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) — o Falcão.
A empresa vem passando por uma crise financeira nos últimos anos, que se agravou a ponto de em março de 2018 pedir à justiça a recuperação judicial, alegando dívidas da ordem de R$ 600 milhões. Em julho de 2023, credores aprovaram o plano de recuperação judicial da empresa, homologado em fevereiro deste ano.
O último relatório de atividades da empresa aponta para uma dívida de quase R$ 640 milhões. Desse valor, mais de R$ 74 milhões são por salários e rescisões em atraso até dezembro de 2023.
Fonte: Avibras.