DECEA acompanha testes com drone de transporte na Bacia de Campos. Através do Programa SIRIUS Brasil, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) está acompanhando os testes com drone na Terminal de Macaé (RJ), com o objetivo de integrar estas aeronaves não tripuladas em espaço aéreo controlado Classe C. Na região, o tráfego é gerenciado pelo Controle de Aproximação (APP) Macaé através de vigilância radar e uso do Sistema de Sistema de Vigilância Dependente Automática por Radiodifusão (ADS-B).
Região de grande relevância para o País, a Bacia de Campos possui mais de 45 plataformas petrolíferas, nas quais milhares de profissionais transitam numa movimentação média de 190 voos diários. Neste cenário, os desafios logísticos são de grande complexidade e o uso de drones de apoio às demandas das plataformas é uma solução pioneira.
Recentemente, o DECEA acompanhou o inédito voo de longo alcance de um drone civil a partir de um heliponto em Imbetiba, Macaé (RJ) até uma plataforma marítima distante 94 milhas náuticas (cerca de 172 Km).
Nota RFA: conforme noticiamos anteriormente, os testes com drone na Bacia de Campos, litoral fluminense, estão sendo realizados com uma aeronave Schiebel Camcopter S-100. Para mais detalhes, clique aqui.
Os testes foram divididos em fases e na sua preparação passaram por um gerenciamento de risco contemplando planos de contingência e emergência para a segurança do espaço aéreo.
A primeira etapa está sendo realizada no período noturno, sem operação conjunta de aeronaves tripuladas na Terminal Macaé. Já a segunda fase será feita no período diurno, nos horários de menor número de voos de aeronaves tripuladas, caso todos os requisitos estabelecidos na primeira etapa sejam atendidos.
Sob responsabilidade da empresa NAV Brasil, o APP Macaé é responsável pela área Terminal e trabalhou em conjunto com o DECEA para viabilização do projeto e supervisão dos testes. Todos os controladores foram treinados e capacitados para realizar os procedimentos e atender às particularidades destas operações.
Além da solicitação através do Sistema de Solicitação de Acesso ao Espaço Aéreo Brasileiro por Aeronaves Não Tripuladas (SARPAS), para operar em espaço aéreo controlado os drones devem possuir requisitos de Comunicação, Navegação e Vigilância equivalentes aos previstos para as aeronaves tripuladas, atendendo a todas as normas e regras em vigor.
“O futuro do transporte logístico de drones a serviço das atividades offshore é, para nós, uma realidade. Este passo abre uma nova era no controle de tráfego aéreo”, disse o o Presidente da NAV Brasil, José Pompeu dos Magalhães Brasil Filho.
“A realização dos testes na Bacia de Campos permitirá a coleta de dados necessária para o desenvolvimento de uma terceira fase, que é a simulação em tempo real no Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), com o objetivo de estudar um novo conceito chamado segregação dinâmica, que permite otimizar o uso do espaço aéreo comparado às atuais segregações previstas em norma”, informou o Chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha.
A operação da aeronave não tripulada dos testes é capaz de realizar operações noturnas e levar cargas de até 50 kg. Destaca-se, ainda, a redução do consumo de combustível e emissão de gás carbônico quando comparada às aeronaves tripuladas.
Fonte: FAB
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