070723-N-6524M-003 MEDITERRANEAN SEA (July 23, 2007) - A French Rafale M combat aircraft performs a catapult assisted launch from the flight deck of the nuclear-powered aircraft carrier USS Enterprise (CVN 65). The two French Rafales are the first French aircraft to land and launch on an American carrier in six years. Enterprise and embarked Carrier Air Wing (CVW) 1 are currently underway on a scheduled six-month deployment. U.S Navy photo by Mass Communication Specialist Seaman Brandon Morris (RELEASED)
Dassault Rafale M: decolagem via ski-jump? O novo porta-aviões da Marinha da índia está entando um uma fase de testes decisiva para sua em serviço. O comissionamento oficial do INS Vikrant (R11) está programado para agosto de 2022, pouco antes do 75º aniversário da independência da Índia. Durante a terceira fase de testes, agendada para dezembro de 2021, o R11 realizará voos de ensaios embarcados com aeronaves de asa fixa e rotativas, viando a implantação do futuro grupo aéreo do navio. Com isto, a Dassault Aviation vai intensificar seus trabalhos para fazer do Rafale M o vetor principal do novo porta-aviões.
A empresa francesa deverá levar a versão naval do Rafale para a Índia no início de 2022 para mostrar sua capacidade de realizar decolagens via sky-jump, o padrão de decolagem adotado pelos porta-aviões da Marinha da Índia. Fontes da Dassault disserem que a empresa está planejando uma oferta de peso para que, assim como a Indian Air Force (IAF), a Indian Navy também opere o Rafale.
“O Rafale M não decolará do porta-aviões (durante o showcase), mas da instalação de teste em terra (SBTF – Shore-Based Test Facility) em INS Hansa, Goa. A Dassault Aviation está confiante e quer mostrar sua capacidade na própria Índia ”, disse uma fonte.
A aeronave não foi projetada para este tipo de operação e hoje dos usuários do Rafale, apenas a Marine Nationale (Marinha Francesa) emprega versão M (Marine), ou seja, a naval. Mas isto também vale para o seu concorrente ditero, o F/A-18E/F Super Hornet, igualmente projetado, testado e operacional em catapultas convencionais (CATOBAR – Catapult Assisted Take-Off But Arrested Recovery). Porém, o Super Hornet mostrou em novembro do ano passado ser capaz de decolar no sistema sky-jump (STOBAR – Short Take-Off But Arrested Recovery) ao menos quando lançado em terra. O lançamento e testes bem sucedidos de decolagem do Super Hornet ocorreram em agosto de 2020, como noticiamos aqui.
O comportamento de uma aeronave de caça por alguns segundos após as decolagens com salto de esqui, até que ganhe sustentação, é crítico e por isto, os testes em solo são apenas uma parte da equação. É a bordo com todas as nuances operacionais, peso, vento relativo do convés, que uma aeronave comprova sua capacidade. Isto valerá ainda mais para dois vetores não planejados originalmente para o STOBAR.
Para muitos o Super Hornet deu um salto a frente do Rafale e do MiG-29K, que para muitos é considerado “um concorrente correndo por fora”, mesmo em sua versão MiG-35K, que ainda é uma incógnita operacional.
Porém, se o Rafale provar ser capaz de decolar va sky-jump, ainda mais em solo indiano, isto poderá dar um novo rumo a competição que visa adquirir pelo menos 57 novos caças navais. Vale lembrar que a Marinha Indiana, também poderá ficar com os MiG-29K por mais um tempo, até que um novo caça de 5ª geração, que o país está começando a desenvolver designado TEDBF ou Twin Engine Deck Based Fighter desenvolvido pela Hindustan Aeronautics Limited (HAL), tenha uma versão naval.
Construído Cochin Shipyard Limited (CSL), o INS Vikrant (R11) foi encomendado em 2004 e lançado em agosto de 2013. Ele desloca 45 mil toneladas e pode levar até 40 aeronaves. Seu custo está estimado em mais de US$ 3,1 biliões.
@CAS