Dassault desenvolverá drone furtivo “loyal wingman” para atuar ao lado dos caças Rafale. A França desenvolverá um avançado drone de combate furtivo (UCAV) do tipo “loyal wingman” (ala leal), para complementar as capacidades dos caças tripulados Dassault Rafale. A informação foi anunciada ontem (08), pelo ministro das Forças Armadas, Sébastien Lecornu, durante a celebração dos 60 anos das Forças Aéreas Estratégicas Francesas (FAS) na Base Aérea de Saint-Dizier.
O evento contou com a presença de importantes autoridades do setor de defesa francês, incluindo o General Jérôme Bellanger, Chefe do Estado-Maior da Força Aérea e Espacial Francesa (AAE), e Éric Trappier, Presidente e CEO da Dassault Aviation, empresa que lidera o projeto de desenvolvimento do novo UCAV.
“Este drone de combate furtivo contribuirá para a superioridade tecnológica e operacional da Força Aérea Francesa até 2033. É significativo que ele esteja sendo iniciado hoje, pois marcamos o 60º aniversário das Forças Aéreas Estratégicas e o 90º aniversário da Força Aérea e Espacial: na aeronáutica — um campo altamente complexo — o futuro tem raízes profundas, e a inovação é construída com base na experiência. A Dassault Aviation e seus parceiros têm orgulho de servir às Forças Armadas Francesas e à Agência Francesa de Aquisições de Defesa (DGA). Sua confiança renovada nos honra e nos obriga”, disse Éric Trappier.
O futuro UCAV francês irá incorporar tecnologia furtiva, sistemas de voo autônomos e grande capacidade de carga útil, para desempenhar um papel crucial em cenários de combate colaborativo ao lado dos caças Rafale F5 da Força Aérea e Espacial Francesa.
O novo projeto será baseado no sucesso do “nEUROn”, o primeiro drone-demonstrador com capacidade furtiva produzido na Europa. Desde seu primeiro voo 2012, o nEUROn realizou mais de 170 voos, abrindo caminho para futuras tecnologias de UCAV.
Iniciado em 2003, o desenvolvimento do projeto nEUROn envolveu seis países, França, Itália, Espanha, Suécia, Grécia e Suíça. Os voos de testes focaram na validação das tecnologias furtivas, capacidades autônomas e integração com sistemas militares. A aeronave foi produzida apenas parar servir como uma plataforma de pesquisas, principalmente para estabelecer as bases para futuros projetos.
“O Rafale F5 combinado com o futuro UCAV e suas evoluções, como o Mirage IV em sua época, garantirão a independência e a superioridade de capacidade da França nas próximas décadas”, afirmou a Dassault.
Fonte: Dassault Aviation
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