DARPA e AFSOC trabalham no projeto de aeronave veloz e que opere fora de aeródromos. A Agência de Projetos e Pesquisas Avançadas de Defesa dos EUA (DARPA) trabalha no pdesenvolvimento de uma futura aeronave de alta velocidade, capaz de operar em pistas não preparadas. A informação foi divulgada em 01/03 por Stefanie Tompkins, Diretora da Agência, em entrevista coletiva.
Chamado de “SPRINT” (Speed and Runway Independent Technologies), esse novo projeto da DARPA é um trabalho conjunto com o Comando de Operações Especiais da USAF (AFSOC), que buscam uma plataforma de transporte aéreo que combine alta velocidade e capacidade de operar fora de pistas preparadas e/ou aeródromos.
“Essas duas capacidades já foram amplamente exploradas em plataformas independentes, mas nunca combinadas em uma aeronave única”, disse Tompkins, que apresentou uma arte com dois conceitos bastante revolucionários.
O SPRINT está sendo pensado para atuar em missões de transporte de pessoas em áreas de difícil acesso. Entre as operações possíves estariam a infiltração/exfiltração de Comandos Especiais e evacuação aeromédica (MEDEVAC).
A necessidade de aeronaves rápidas que possam operar fora de aeródromos está crescendo, especialmente com as imagens de satélites amplamente disponíveis publicamente e com a grande facilidade de troca de informações de inteligência. Esses fatores tornam quase impossível para os militares esconder suas operações e pistas de pouso. Muitos analistas consideram pistas e bases aéreas vulneráveis, particularmente quando se trata de um potencial ataque chinês a Taiwan.
Em um estudo publicado pela RAND em dezembro de 2021, o especialista de defesa internacional David A. Ochmanek afirmou que um ataque chinês com mísseis guiados à Ilha de Taiwan poderia “neutralizar os aeródromos, sistemas de defesa aérea, portos, navios, linhas de comunicação e sistemas de comando & controle, antes da chegada dos navios de assalto. Com as defesas aéreas de Taiwan suprimidas, o ataque anfíbio poderia ser seguido por uma invasão aérea por pára-quedistas e helicópteros de transporte. A China também pode atacar as bases americanas no Pacífico, para inserir grupos de batalha de porta-aviões, com o objetivo de prejudicar qualquer esforço dos EUA na defesa de Taiwan.”
O Tenente-General Tony D. Bauernfeind, Comandante do AFSOC, destacou a importância das aeronaves que não requerem pistas ou grandes equipes terrestres para futuras operações especiais. Ele citou o conceito do Lockheed Martin MC-130J Super Hércules anfíbio (detalhes aqui).
“Operações independentes de pista geram custos elevados para nossos adversários, forçando que eles se defendam em todos os locais, injetando complexidade e imprevisibilidade em seus processos de tomada de decisão. Atualmente, atuar contra adversários similares em ambientes contestados, nossas tecnologias legadas ficarão aquém das necessidades”, afirmou o Oficial.
Fonte: Defense One
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