CRUZEX 2024: segurança de voo é prioridade no Exercício. A CRUZEX 2024, o maior exercício de guerra aérea simulada da América Latina, reuniu, ao longo de 15 dias, forças armadas de diversos países na Base Aérea de Natal (BANT), promovendo treinamento de alto nível com foco em segurança e coordenação em solo e no ar.
O treinamento trouxe consigo operações de pousos e decolagens frequentes, cerca de 40 por dia, exigindo controle e organização rigorosos do espaço aéreo para garantir o sucesso e a integridade de todos os envolvidos.
Com aeronaves de diferentes nacionalidades e modelos operando lado a lado, a coordenação foi fundamental para evitar incidentes. Assim, equipes de solo seguiram protocolos detalhados para coordenar todos os movimentos de táxi, estacionamento e reabastecimento das aeronaves.
“A segurança de voo é essencial e permeia todas as operações realizadas na CRUZEX. Cada movimento e cada decisão têm a segurança como prioridade”, afirmou o Comandante da Base Aérea de Natal (BANT) e Diretor do Exercício, Brigadeiro do Ar Ricardo Guerra Rezende.
O combate a F.O.D. (Foreign Object Debris, ou “Detrito de Objeto Estranho”) é uma frente vital para a prevenção de acidentes. Objetos como ferramentas e pedras, quando presentes no pátio de manobras, representam riscos de danos às aeronaves. Durante o exercício, equipes realizaram rondas diárias para localizar e remover quaisquer detritos que possam prejudicar os voos.
Diariamente, a Seção de Coordenação de Operações Aéreas Militares (SCOAM), responsável pelo Caminhão Limpa Pista (CLP) e pelo veículo com o reboque do equipamento para coleta de F.O.D. (FOD BOSS), realizou, em horários que não interferissem com os voos, a varredura das pistas e do pátio para recolher materiais que pudessem causar danos.
“Esse trabalho ocorre a qualquer hora, inclusive no período noturno, para assegurar que toda a área se encontre em condições ótimas de limpeza. O F.O.D. é uma ameaça constante e invisível. Nosso trabalho é preveni-lo antes de qualquer voo”, destacou o Diretor da Célula de Segurança de Voo, Coronel Lucas Sousa Dantas de Araujo, reforçando a seriedade das medidas tomadas para mitigar riscos.
Além disso, a presença de fauna nas proximidades da BANT exige atenção redobrada. Oficiais biólogos foram responsáveis por monitorar e controlar a presença de aves na área operacional para reduzir o risco de colisões que comprometessem as operações aéreas.
Essas medidas ajudam a preservar tanto o meio ambiente quanto a segurança das aeronaves. Neste sentido, o manejo de fauna em aeródromos é essencial para evitar colisões entre aves e aeronaves, garantindo a segurança das operações aéreas. De acordo com o biólogo da FAB, Tenente Marco Tulio de Lima e Carlos, diversas técnicas são utilizadas para deixar o ambiente da área operacional menos atrativo para a fauna.
“Recentemente, a Base Aérea de Natal implementou o uso de técnicas de falcoaria, que é a arte de criar, treinar e cuidar de aves de rapina para a caça, com o intuito de afastar animais da área operacional. A presença de aves de rapina treinadas cria um ambiente de ameaça, afastando outras espécies de forma natural e reduzindo a necessidade de métodos mais agressivos”, explicou.
Manutenção em dia
Outro pilar de segurança é a manutenção das aeronaves, com inspeções rigorosas realizadas antes e após cada missão. Seja na CRUZEX ou no cotidiano das Unidade Aéreas, qualquer falha é corrigida imediatamente e as equipes de manutenção estão sempre prontas para ajustes e reparos de emergência. Neste sentido, o Diretor da Célula de Segurança de Voo explica que, após o término das atividades aéreas no Exercício, uma equipe inspecionava a área e instalava cones ao redor das aeronaves, garantindo visibilidade para os demais que circulavam pelo pátio e permitindo que a manutenção seguisse seu curso de forma segura.
O clima, um fator incontrolável e que traz riscos potenciais, também recebeu atenção constante. Meteorologistas militares monitoraram as condições climáticas em tempo real, garantindo que informações sobre tempestades ou ventos fortes fossem passadas a tempo de adaptar as operações aéreas. Essa estratégia reduz a exposição a condições perigosas e preserva a segurança dos envolvidos.
Fonte: FAB
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