Crise na Ucrânia: OTAN perdeu sua capacidade ISR. A OTAN perdeu sua capacidade de realizar sobrevoos aéreos de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR – Intelligence, Surveillance and Reconnaissance) sobre a Ucrânia, com o fechamento do espaço aéreo do país pela Rússia. Desde o dia 20/02 os russos vem emitindo NOTAMs avisando do fechamento do espaço aéreo ucraniano a aeronaves civis, o que também significou, para qualquer aeronave que não fosse russa ou aliada russa.
Com isto, a OTAN perdeu a capacidade de fazer voos de reconhecimento. Até então, haviam voos sobre a área central do país para verificar a situação das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk.
Imediatamente após o lançamento da ação militar russa nas primeiras horas deste dia 24 de fevereiro, os serviços de rastreamento de voos on-line registraram aeronaves ISR da OTAN tripuladas e não tripuladas, deixando a Ucrânia para a segurança do espaço aéreo da aliança e o espaço aéreo internacional.
Por algumas semanas, antes da invasão a Ucrânia pela Rússia, as forças aéreas membros da OTAN realizaram diversos voos ISR, sem precedentes e quase contínuos, sobre a Ucrânia, construindo um dossiê de imagens do aumento das forças russas nas fronteiras leste do país.
Desde o final de 2021, aeronaves ISR da OTAN que estavam deslocados na Ucrânia incluíam aeronaves Northrop Grumman E-8C Joint Surveillance Target Attack Radar Systems (JSTAR), Boeing RC-135 Rivet Joint signal intelligence (SIGINT) e aeronaves não tripuladas Northrop Grumman RQ- 4 Global Hawk – todos da USAF; Bombardier Challenger 650 Airborne Reconnaissance and Targeting Multi-Mission Intelligence System (ARTEMIS) do US Army para missões de inteligência eletrônica (ELINT) e inteligência de comunicações (COMINT); Boeing RC-135W River Joints da Royal Air Force (RAF) e aeronaves não tripuladas RQ-4D Phoenix da OTAN, entre outros.
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