Crise na Ucrânia: OTAN ativará as Forças de Defesa. O Secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, além de se manifestar contra a ofensiva militar russa na Ucrânia, deu alguns detalhes de como a organização planeja combater qualquer ameaça aos Estados membros. Durante uma conferência de imprensa nesta manhã 24/02, ele informou que o Conselho da OTAN decidiu ativar o plano de defesa para que as forças da Aliança possam ser enviadas para onde forem necessárias.
“A principal tarefa da OTAN é proteger e defender todos os aliados. Não deve haver espaço para erros de cálculo ou mal-entendidos”, disse Stoltenberg. Ele disse também que as forças “em terra, mar e ar” estão sendo mobilizadas no dia de hoje, incluindo milhares de soldados, 120 navios aliados e mais de 100 aeronaves que estão sendo postas em alerta máximo, protegendo nosso espaço aéreo. Continuaremos a fazer o que for necessário para proteger a aliança da agressão. A paz não pode ser tida como garantida. A liberdade e a democracia são contestadas por regimes autoritários. Vamos proteger nosso povo e nossos valores. A democracia sempre prevalecerá sobre a autocracia. A liberdade sempre prevalecerá sobre a opressão”, disse ele.
No entanto, a Ucrânia não é membro da OTAN, e Stoltenberg deixou claro que, embora o país seja considerado “um parceiro muito valioso”, a OTAN não estará diretamente envolvida no conflito. Ao que tudo indica, será feito apenas a proteção preventiva dos territórios que são oficialmente da OTAN.
“Não há tropas da Otan dentro da Ucrânia”, explicou Stoltenberg, acrescentando que “não temos planos de colocar tropas da Otan na Ucrânia”.
Stoltenberg falou duramente contra a Rússia e não minimizou a gravidade da situação. “A paz em nosso continente foi quebrada”, disse ele, chamando a invasão russa de um “ato brutal de guerra” e uma “invasão deliberada, a sangue frio e planejada há muito tempo”. Stoltenberg acusou a Rússia de “usar a força para tentar reescrever a história”, afirmando que “o objetivo do Kremlin é restaurar sua esfera de influência… e subverter os valores que prezamos”.
Ele pediu à Rússia que “cesse imediatamente” suas ações militares. “A Rússia fechou a porta para uma solução política. Lamentamos, mas infelizmente é a realidade”, disse.
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