Corpo do militar da SAAF morto no Congo chega a África do Sul. Os restos mortais do Sargento Vusimusi Mabena da Força Aérea Sul-Africana (SAAF — South African Air Force), morto por um franco-atirador na República Democrática do Congo (RDC) durante a Missão de Paz das Nações Unidas (MONUSCO), foram repatriados no domingo, 12 de fevereiro, para a Base Aérea de Waterkloof em Centurion.
O engenheiro de voo do 15º Esquadrão morreu ao ser atingido por um projétil que também atingiu e feriu o piloto em comando, Major Omolemo Matlapeng, deixando o Capitão Matthew Allen no comando do Atlas Oryx — ONU 821 (SAAF 1230), que conseguiu retirar a aeronave da linha de fogo e pousar em um local seguro.
O helicóptero estava indo para Goma, no domingo, 5 de fevereiro, quando foi atingido por uma única bala de atirador sobre Kiwanja, cerca de 70 km a nordeste de Goma, na província de Kivu do Norte. A cidade do leste da RDC abriga uma unidade composta de helicópteros (CHU) da Força de Defesa Nacional da África do Sul (SANDF — South African National Defense Force) que opera helicópteros de transporte médio Atlas Oryx e helicópteros de apoio ao combate Denel AH-2 Rooivalk, além de um destacamento do Serviço Militar de Saúde da África do Sul (SAMHS).
Os restos mortais de Mabena chegaram a Waterkloof a bordo de uma aeronave de transporte C-130 Hércules da SAAF. A Ministra da Defesa e Veteranos Militares, Thandi Modise, estava em Waterkloof, assim como o chefe-genal da SANDF, Rudzani Maphwanya, para entregar os restos mortais de Mabena à sua família.
O chefe das SAAF, Tenente-General Wiseman Mbambo, disse Mabena, “serviu com disciplina, respeito próprio, orgulho da sua unidade e do seu país. Ele tinha um grande senso de dever e obrigação para com seus camaradas e sua autoconfiança demonstrada em tudo o que fazia será a única coisa de que sempre nos lembraremos.”
O 15º Esquadrão, com sede em Durban, usou a mídia social para homenagear os aviadores dizendo que o engenheiro de voo “ele era um grande servo” do esquadrão com “uma maneira única de fazer absolutamente tudo com um sorriso”. O post observa que Matlapeng é um ex-piloto de helicóptero do 15º Esquadrão.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, e o chefe da MONUSO, Bintou Keita, condenaram “o ataque covarde a uma aeronave com o emblema da ONU”.
Embora ainda não esteja claro quem disparou a bala que atingiu o Oryx, suspeita-se que os rebeldes do M23 foram os responsáveis, já que o incidente ocorreu em uma área controlada pelo grupo M23. O Oryx estava voando sem escolta ao longo de um cume, permitindo que a bala penetrasse em um ângulo horizontal no para-brisas direito, bem na altura do 1P. No passado, os helicópteros da SAAF Oryx e Rooivalk na RDC eram frequentemente atingidos por armas de pequeno calibre, mas de baixo para cima, não de maneira frontal.
O Oryx estava voando em uma rota semelhante à usada em missões de abastecimento anteriores, o que deu ao inimigo a chance de ficar à espreita. Embora a SAAF tenha três helicópteros de ataque Rooivalk na MONUSCO, o Oryx não foi escoltado nesta missão fatal. As Nações Unidas normalmente ditam se a escolta é necessária ou não.
@CAS