Coreia do Sul contrata primeiro lote do novo caça KF-21 Boramae. A Korea Aerospace Industries (KAI) e a Agência de Administração do Programa de Aquisição de Defesa do governo sul-coreano (DAPA), anunciaram em 25/06, a assinatura do contrato que dá início a produção do primeiro lote de caças KF-21 Boramae para a Força Aérea da República da Coreia (ROKAF).
No acordo de aproximadamente US$ 1,4 bilhão, a KAI irá produzir um lote inicial de 20 caças KF-21 Bloco I, e fornecer suporte logístico, documentação técnica e todo o treinamento para pilotos e pessoal de solo. As aeronaves deverão ser entregues entre o final de 2026 e 31 de agosto de 2027.
O Gerente de Desenvolvimento do Programa KF-21 da fabricante, Jinseok Song, disse que a produção do Bloco II ocorrerá entre 2026 e 2028, e adicionará ao Boramae as capacidades de ataque ao solo e um envelope de desempenho estendido.
Com o objetivo de deixar a Coreia do Sul completamente independente do mercado externo, o governo projeta que o KF-21 Boramae tenha pelo menos quatro versões distintas: KF-21 EA (Ataque Eletrônico), KF-21 EX (versão furtiva), KF-21N (naval) e KF-21 SA (versão de exportação).
Baseado na versão de dois assentos (biplace), o KF-21EA deverá ter uma estação para o Oficial de Guerra Eletrônica (EWO) instalada na cabine traseira, com sistemas de Ataque Eletrônico (EA) e Inteligência Eletrônica (ESM). A previsão é que o KF-21 EA realize uma função similar aos EA-18G Growler da US Navy, bloqueando os sistemas inimigos de defesa aérea, em solo e interferência eletrônica.
A versão KF-21 EX, também conhecida como Bloco III, deverá ter capacidades furtivas inerente aos caças de quinta geração. Entre as modificações mais importantes está a instalação de um compartimento interno de armas, com o objetivo de reduzir sua assinatura radar, uma capacidade crucial para obter a capacidade furtiva de quinta geração.
O KF-21N será a versão naval com capacidade de operar embarcado em porta-aviões. A KAI desenvolveu um projeto do KF-21N com a envergadura das asas 20% maiores, para incrementar a performance nas decolagens e pousos, mas que serão dobráveis, para reduzir o espaço ocupado no armazenamento nos navios. Esta versão está “congelada”, aguardando a decisão da Marinha adquir um porta-aviões.
O KF-21 SA será uma versão destinada ao mercado internacional, que poderá ser modificada de acordo com necessidades específicas de cada cliente. A KAI negocia com potenciais clientes que demonstram interesse, como a Indonésia, que está envolvida no projeto do caça.
@FFO