

Coreia do Sul cancela a encomenda adicional de AH-64E Apache Guardian. A Coreia do Sul informou que os planos do país para a compra subsequente de 36 helicópteros de ataque AH-64E Apache Guardian foram abortados. Essas aeronaves se juntariam aos 36 AH-64E que estão em serviço na Aviação do Exército da República da Coreia do Sul.
O Korea Times relata que o acordo de US$ 2,2 bilhões foi cancelado após o financiamento ter sido praticamente zerado em um orçamento suplementar aprovado na sexta-feira 4/07. O veículo também observou o aumento de 66% no custo da aeronave em comparação com o primeiro pedido, cerca de uma década atrás. Há algum tempo, especula-se que a Coreia do Sul poderia cancelar seu pedido adicional do Apache junto a Boeing. As entregas ocorreriam até 2028.
O Departamento de Estado dos EUA havia aprovado, em agosto de 2024, a venda de até 36 helicópteros de ataque AH-64E Apache Guardian para a Coreia do Sul. Avaliado em até US$ 3,5 bilhões (US 2,2 bilhões só para as aeronaves), o contrato é viabilizado através do Programa de Vendas Militares Estrangeira (FMS), e envolve, além das aeronaves, equipamentos e armamentos associados.
Atualmente o Exército da República da Coreia (Republic of Korean Army) opera uma frota de 36 AH-64E encomendados em 2013 e os primeiros recebidos em maio de 2016. A frota atual de Apache, matriculada de ROK Army 31601 a 31636, está distribuída entre os Batalhões de Aviação 901 o 902, ambos baseados em Icheon. Em 6 de setembro de 2022, foi anunciada a modernização dos 36 AH-64E, que a princípio será foi mantida.

A aquisição deste novo lote do moderno AH-64E Apache Guardian, permitiria que Comando de Aviação do Exército da República da Coreia, aposentasse de vez o restante da frota de envelhecidos Bell AH-1S Cobra.
Yu Yong-weon, membro da Assembleia Nacional da Coreia do Sul, pertencente ao Partido do Poder Popular, disse ao The Korea Times que a vulnerabilidade dos helicópteros à proliferação de defesas aéreas e à dispersão de munições/drones, exibidos ao mundo na Ucrânia, motivou a decisão. Yu declarou: “Drones e sistemas inteligentes estão redefinindo os campos de batalha modernos… Em vez de nos apegarmos a plataformas antigas e caras, devemos investir em capacidades que reflitam o futuro da guerra.”
Bem antes da invasão total da Ucrânia pela Rússia, a utilidade do helicóptero de ataque precisa ser questionada. Isso não significa que seja irrelevante, mas sim que a lógica por trás de quantos recursos são investidos nessa classe de aeronaves precisa ser reavaliada com base nas realidades gritantes do campo de batalha atual, sem falar no que podemos prever para o futuro.
A capacidade de sobrevivência certamente está no topo da lista aqui. Como um helicóptero voando baixo e lentamente pode operar perto o suficiente de seu objetivo para ser útil em um ataque direto tradicional sem correr risco extremo? Novas táticas e conceitos de armas combinadas certamente podem contribuir muito nesse sentido, mas ameaças emergentes — como sistemas portáteis de defesa aérea (MANPADS), SAMs móveis e artilharia antiaérea — sendo muito difíceis de prever e, portanto, mais difíceis de planejar, continuam sendo um problema gritante.
Além disso, a Coreia do Sul tem seus próprios helicópteros de ataque, embora menos capazes, incluindo seu Helicóptero de Ataque Marítimo (MAH) e seu Helicóptero de Ataque Leve (LAH), que poderiam aumentar a força existente de AH-64.
De qualquer forma, é possível, senão totalmente provável, que vejamos mudanças semelhantes no estoque de asas rotativas do US Army nos próximos anos. A força tem cerca de 825 Apaches em operação atualmente. À medida que a força se adapta (agora, muito lentamente) a uma nova era de guerra, esse número pode mudar drasticamente.
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