Coreia do Norte realiza lançamentos de mísseis em resposta aos EUA. A Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos de curto alcance na costa leste do país, na manhã desta segunda-feira (20/02) – noite de domingo no Brasil. Foi o segundo lançamento realizado por Pyongyang em 48 horas.
O Ministério da Defesa da Coreia do Sul confirmou a detecção dos mísseis norte-coreanos às 07h00 e 07h11 (horário local), disparados na região de Sukchon, província de Pyongan do Sul. Os mísseis também foram rastreados pelos sistemas de defesa do Japão.
Após os lançamentos, Kim Yo-jong, irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un, falou à mídia estatal do seu país, alertando que a escalada militar na região é culpa dos Estados Unidos e da Coreia do Sul que, segundo ela, querem transformar o Pacífico em um “campo de batalha”.
Os lançamentos ocorreram menos de 48 horas depois de um “exercício surpresa” realizado pelas Forças Armadas Norte-Coreanas, no qual disparam um míssil balístico intercontinental (ICBM) no sábado (19/02), para “demonstrar sua capacidade de contra-ataque nuclear”. O Japão disse que o ICBM voou por 66 minutos e caiu dentro da sua Zona Econômica Exclusiva (ZEE).
Em resposta, Seul e Washington realizaram exercícios aéreos conjuntos no domingo, envolvendo um bombardeiro estratégico e caças furtivos. Esse foi o motivo alegado por Pyongyang para realizar o segundo lançamento de mísseis.
“A frequência que usaremos o Pacífico para os nossos disparos, depende das ações das forças norte-americanas”, declarou Kim Yo-jong em comunicado divulgado pela agência oficial KCNA. Ela também criticou fortemente as avaliações externas do lançamento do sábado.
A vice-líder da Coreia do Norte também rejeitou os comentários dos comentaristas sul-coreanos que questionaram se os ICBM da Coreia do Norte seriam funcionais em uma guerra real. De acordo com a avaliação deles, ocorreu um grande atraso, de mais de nove horas, para o “lançamento rápido” após a ordem de Kim Jong-un. “Possuímos tecnologia e capacidade satisfatórias e agora vamos nos concentrar em aumentar a quantidade de sua força”, disse Kim Yo-jong.
O lançamento do míssil desta segunda-feira, é o terceiro maior teste de armas da Coreia do Norte este ano. Ele ocorre depois que Pyongyang ameaçou uma resposta “forte e persistente sem precedentes” sobre os exercícios militares anuais que serão realizados pela Coreia do Sul e EUA, os quais Pyonyang considera um ensaio para “uma possível invasão”.
Fontes: The Guardian/AFP
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