Coreia do Norte apresenta drones militares idênticos aos dos EUA. A Coreia do Norte recentemente revelou seus novos drones militares, que externamente são idênticos aos conhecidos veículos aéreos não tripulados (UAV) norte-americanos RQ-4 Global Hawk e MQ-9 Reaper. As aeronaves foram apresentadas na visita do líder norte-coreano, Kim Jong Un, acompanhando pelo ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, na Exposição de Equipamentos de Defesa 2023, realizada em Pyongyang.
A existência desses dois drones foi recentemente tornada pública pela mídia estatal norte-coreana, que apresentou uma reportagem mostrando a visita das autoridades à feira de defesa realizada na capital do país. Um vídeo curto também foi divulgado, mostrando as aeronaves em operação, inclusive com um deles (versão menor similar a um MQ-9 Reaper) lançando um míssil.
Apesar das grandes semelhanças externas com os equipamentos dos EUA, as imagens liberadas por Pyongyang foram cuidadosamente escolhidas e tratadas para não vazar publicamente as características e capacidades das novas armas.
“Se você olhar para as cópias do MQ-9 da Coreia do Norte, eles têm três estações de armas em cada asa, armadas com mísseis semelhantes aos mísseis Hellfire dos EUA. Por sua vez, a versão americana do MQ-9, em comparação, tem duas estações de armas por asa”, observou Yang Uk, analista militar sul-coreano do Instituto Asan, ouvido pelo NK News.
Especialistas chamam a atenção para o design dos drones norte-coreanos, que assim como nas versões dos EUA, tem as partes frontais da fuselagem com maior diâmetro. No caso dos originais (RQ-4 e MQ-9) essa área abriga equipamentos de comunicação por satélite, o que a Coreia do Norte – teoricamente – não dispõem. Pode ser que as “cúpulas” tenham sido mantidas por questões de aerodinâmica ou contenham outros equipamentos, porém, não há como descartar que Pyongyang não esteja alugando canais de satélites de países aliados, como Rússia e China.
A exibição dessas armas é uma clara indicação de que Kim Jong Un está avançando nas suas aspirações para a indústria militar aeroespacial nacional, especialmente no desenvolvimento de aeronaves não tripuladas para missões de vigilância e ataque.
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