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Congresso americano rejeita proposta da USAF para aposentar A-10, F-15E e KC-135R

10 de dezembro de 2025
Congresso americano rejeita proposta da USAF para aposentar A-10, F-15E e KC-135R. Foto: USAF.
Congresso americano rejeita proposta da USAF para aposentar A-10, F-15E e KC-135R. Foto: USAF.

Congresso americano rejeita proposta da USAF para aposentar A-10, F-15E e KC-135R. Os legisladores dos EUA responsáveis por resolver as divergências entre a Câmara e o Senado sobre o projeto de lei de Defesa Nacional, querem impedir cortes na frota de combate da USAF, principalmente a aposentadoria de todos A-10 Thunderbolt II e F-15E Strike Eagle.

Apresentado no último dia 07 de dezembro, o projeto de lei rejeita os planos do Alto Comando da USAF de aposentar, no próximo ano, todos os 162 jatos de ataque A-10 e 21 caças F-15E em serviço. Se aprovada, a medida limitaria as desativações no ano fiscal de 2026 em apenas 59 A-10 e nenhum F-15E. A medida também prevê o redirecionamento de US$ 250 milhões destinados àa futuras atualizações dos F-35 para a compra de peças de reposição. 

O projeto de lei anual de política de defesa é considerado legislação de aprovação obrigatória. A Câmara aprovou sua versão em setembro e o Senado fez o mesmo em outubro. As negociações subsequentes resultaram no projeto de lei bipartidário e bicameral de 3.000 páginas, que deverá ser aprovado por ambas as casas nas próximas semanas. 

A Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA) é anual e autoriza gastos, define políticas e orienta ações, incluindo relatórios, estudos, pesquisas e muito mais. Ela é separada e distinta da Lei de Dotações para a Defesa, que de fato financia o Departamento de Guerra.  

A-10 Thunderbolt II

A USAF pretendia retirar de serviço em 2026 todos os 162 A-10 restantes, o que foi negado pelo Congresso. Foto: USAF.
A USAF pretendia retirar de serviço em 2026 todos os 162 A-10 restantes, o que foi negado pelo Congresso. Foto: USAF.

No passado, legisladores usaram a NDAA para bloquear o desinvestimentos da USAF, particularmente de A-10. Oficiais reconhecem que o Thunderbolt II foi inestimável durante a Guerra Global contra o Terrorismo, mas afirmam que ele é pouco adequado para conflitos modernos de alta intensidade em espaço aéreo contestado. No entanto, os legisladores estão reagindo, protegendo bases com esquadrões de A-10 e argumentando que a USAF está ansiosa demais para se desfazer de uma aeronave ainda útil. 

Durante anos, o Congresso restringiu os planos de aposentadoria do A-10, mas nos últimos anos cedeu sob argumentos de líderes da USAF. Agora, a intenção é retirar de serviço todos os 162 A-10 restantes em 2026, três anos antes do planejado anteriormente.  

Os legisladores se opõem ao plano, exigindo que a USAF mantenha pelo menos 103 Thunderbolts II, com 93 deles classificados como aeronaves de missão primária, até 30 de setembro de 2026. Também exigem que a USAF apresente ao Congresso, até 31 de março de 2026, um relatório sobre seus planos para essas aeronaves e suas respectivas unidades no período de 2027 a 2029. 

Manter esses mais de 100 envelhecidos aviões em operação, representará um custo adicional para a USAF, que não incluiu verbas para operação e manutenção em sua proposta orçamentária para 2026. O Pentágono estimou que a USAF economizaria cerca de US$ 423 milhões ao aposentar a frota de A-10. Manter quase dois terços desses jatos em operação teria um custo na faixa de aproximadamente US$ 270 milhões. 

F-15E Strike Eagle

O Congresso também negou a aposentadoria do restante da frota de F-15E. Foto: USAF.
O Congresso também negou a aposentadoria do restante da frota de F-15E. Foto: USAF.

Os planos da USAF para aposentar os 21 F-15E Strike Eagles em 2026, não tiveram melhor sorte. A economia seria de US$ 140 milhões, mas o Congresso não aceitou. A USAF revelou em 2023 seus planos para reduzir a frota de Strike Eagle pela metade, cortando 130 aeronaves com motores mais antigos e modernizando os 99 já equipados com motores mais novos e sistemas de guerra eletrônica mais avançados. 

Mas os legisladores barraram os planos da USAF, limitando a aposentaria em no máximo 68 F-15E até o ano fiscal de 2029. O recente projeto de lei apresentado nesta semana reduziria este número para apenas 51 aeronaves, com nenhum outro corte podendo ser feito no ano fiscal de 2026. 

A proposta da NDAA 2026 não contém verbas para operações dos A-10 e F-15E, que não poderão ser aposentados, deixando sob responsabilidade da USAF encontrar uma solução sobre a alocação de verbas adicionais. Membros do Congresso, responsáveis ​​por autorizações de orçamentos, por vezes, podem redirecionar fundos para apoiar algumas iniciativas, como já fizeram no caso dos F-35. 

F-35 Lightning II

Em meio a atrasos na atualização Bloco 4 e TR3 do F-35, o Congresso direcionou verbas para manter a frota atual operando antes de liberar novas aquisições em massa. Foto: USAF.
Em meio a atrasos na atualização Bloco 4 e TR3 do F-35, o Congresso direcionou verbas para manter a frota atual operando antes de liberar novas aquisições em massa. Foto: USAF.

Na NDAA, os legisladores reduziram drasticamente os gastos para pesquisas e desenvolvimento do F-35, citando atrasos nas atualizações do Bloco 4 do caça de quinta geração, cortando US$ 208,7 milhões em fundos da USAF. Mas, em uma medida correspondente, adicionaram US$ 250 milhões para peças de reposição do F-35A, reconhecendo que esse financiamento está contribuindo com a prontidão dessa aeronave.  

Membros do Congresso, que há muito lamentavam os desafios de manutenção do F-35, parecem satisfeitos com o fato de que Oficiais da USAF começaram a enfatizar as melhorias na prontidão destas aeronaves, o que o novo Chefe do Estado-Maior, General Kenneth S. Wilsbach, chama de missão central da USAF: “voar e consertar aviões”. 

Enquanto isso, a aquisição de novas aeronaves desacelera em 2026, com a USAF planejando comprar apenas 24 F-35As. Atrasos no Bloco 4 e na Atualização Tecnológica 3, além de desafios de prontidão, forçaram o adiamento da compra de novos jatos que precisariam ser atualizados posteriormente.

Os legisladores aprovaram esses planos sem alterações na NDAA 2026, mas adicionaram disposições que sugerem uma supervisão mais rigorosa no futuro. Uma delas exige que o Pentágono formule um plano para a transição do F-35 para “sistemas de missão abertos”, permitindo a conectividade com os caças F-22 e os futuros F-47. Outra exige que o Escritório de Responsabilidade Governamental (GAO) realize revisões anuais do programa F-35. 

Estrutura de Força 

Nenhum KC-135R Stratotanker deve ser aposentado, afirma o Congresso. Aeronaves que forem substituídas por novos KC-46A, deverão ser repassadas para outras Unidades da Guarda Aérea e Reserva da Força Aérea. Foto: USAF.
Nenhum KC-135R Stratotanker deve ser aposentado, afirma o Congresso. Aeronaves que forem substituídas por novos KC-46A, deverão ser repassadas para outras Unidades da Guarda Aérea e Reserva da Força Aérea. Foto: USAF.

A NDAA inclui diversas outras disposições que ditam os requisitos da estrutura de força para a USAF. Ela estende as proibições de aposentadoria de aeronaves de transporte C-130 da Guarda Nacional Aérea (ANG), drones RQ-4 e bombardeiros B-1. 

O projeto de lei também aumentaria gradualmente o número mínimo de aeronaves em operação na frota de reabastecimento em voo, dos atuais 466 para 478 no ano fiscal de 2027, 490 em 2028 e 502 em 2029. Isso, na prática, impede a USAF de aposentar qualquer KC-135 nos próximos anos.

Em contrapartida, outras disposições proíbem a USAF de aposentar KC-135 da Guarda Aérea e da Reserva da USAF, e observam que “no caso de uma aeronave KC-135 que seja substituída no inventário de aeronaves por uma aeronave KC-46, o Secretário da Força Aérea poderá realocar a aeronave KC-135 para qualquer Ala de Reabastecimento Aéreo que tenha capacidade para expandir seu inventário para receber aeronaves realocadas”. 

Planos

O projeto de lei não se limita a estabelecer requisitos para o tamanho da frota da USAF. Ele também exige explicações sobre seus planos para diferentes aeronaves e missões, enquanto os legisladores exercem sua função de supervisão. Entre os planos exigidos na Lei de Autorização de Defesa Nacional aprovada em conferência estão: 

  • “Um roteiro abrangente que detalha a estrutura de força planejada, o planejamento de bases, a modernização e a estratégia de transição para a frota de aeronaves bombardeiros da USAF até o ano fiscal de 2040.” 
  • “Um roteiro abrangente que detalha o plano estratégico para o desenvolvimento, aquisição, modernização e integração das capacidades de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR) da Força Aérea.” 
  • Um relatório sobre o programa F-47 de domínio aéreo de próxima geração e seu progresso. 

Fonte: AF&SM

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