Como o Irã envia drones e armamentos para a Rússia

Como o Irã envia drones e armamentos para a Rússia. Nas últimas semanas, a Ucrânia e o Ocidente acusaram Teerã de fornecer a Moscou drones fabricados no Irã. Um relatório publicado recentemente pelo Sprotyv, um site afiliado às Forças de Operações Especiais da Ucrânia, afirma mostrar a rota usada pelo Irã para entregar seus drones à Rússia.

O relatório afirma que o Irã usa quatro companhias aéreas, sendo três estatais e uma afiliada ao regime iraniano, bem como transportes usando navios de empresas afiliadas ao Exército da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC).

As três companhias aéreas estatais são a Iran Air, que é controlada pelo Ministério da Infraestrutura Nacional, a Pouya Air, que faz parte do IRGC, e a Saha Airlines, que faz parte da Força Aérea Iraniana. A outra companhia aérea supostamente implicada é a Mahan Air, uma companhia aérea iraniana que no passado já enfrentou sanções do Departamento de Estado dos EUA.

O relatório também afirma que as rotas marítimas passam pelo Mar Cáspio, além de outras vias. Estima-se que nada menos que 200 drones desmontados cheguaram à Rússia por mar durante o mês de novembro.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky acusou a Rússia de usar drones iranianos para atacar o setor de energia da Ucrânia, em um discurso recente ao povo ucraniano.

Em 1º de novembro, a Diretoria Principal de Inteligência do Ministério da Defesa ucraniano disse que “desde 13 de setembro, quando os ocupantes [russos] usaram pela primeira vez drones kamikaze iranianos contra a Ucrânia, as forças de defesa ucranianas derrubaram mais de 300 desses veículos aéreos não tripulados.”

Esses anúncios vieram depois que o ministério emitiu um aviso público solicitando informações sobre o fornecimento de armas iranianas à Federação Russa. “Pedimos que seja fornecida qualquer informação que ajude a determinar as rotas logísticas do fornecimento de armas iranianas e identificar os responsáveis específicos pelo fornecimento”, disse o comunicado.

Fonte: The Jerusalem Post