Comissão Europeia: ameaça nuclear de Putin é ato de desesperado

Comissão Europeia: ameaça nuclear de Putin é ato de desesperado. A Comissão Europeia acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de estar desesperado após sua ameaça de usar armas nucleares na Ucrânia. “Ele está usando o elemento nuclear como parte de seu arsenal terrorista. Isso é inaceitável”, disse Peter Stano, porta-voz da divisão de política externa da UE, a repórteres no dia 21 de setembro.

“Este também é mais um sinal de seu desespero com a forma como sua agressão contra a Ucrânia está indo”, disse ele. Putin havia anunciado no dia 21 a “mobilização parcial” de cerca de 300.000 cidadãos russos para lutar na Ucrânia. A nova mobilização de mais tropas russas colocou a força de reação rápida da Lituânia em alerta máximo, enquanto a Letônia disse que não ofereceria refúgio a nenhum russo que fugisse do chamado às armas de Moscou.

A medida ocorre quando a Ucrânia recupera grandes áreas de território anteriormente confiscadas pela Rússia. O presidente russo também levantou a possibilidade de recorrer a armas nucleares, dizendo que a Rússia está pronta para “usar todos os recursos de armas à nossa disposição”. Estima-se que o país tenha quase 6.000 ogivas nucleares. Destas, cerca de 1.500 foram retiradas de serviço ou serão desmanteladas, restando um arsenal de cerca de 4.500.

Mas a Comissão Europeia disse que qualquer uso desse tipo teria “consequências imprevistas para o mundo inteiro”. Jamie Shea, um ex-funcionário da OTAN e agora professor na Universidade de Exeter, no Reino Unido, disse que os líderes ocidentais devem responder com calma em público, mas nos bastidores os aliados da OTAN também devem consultar o que podem fazer para dissuadir a Rússia.

“O uso de uma arma nuclear é altamente improvável, mas seu uso seria tão potencialmente catastrófico que não ficaria pedra sobre pedra caso aconteça”, disse ele. Chefes de Estado e de governo ocidentais fizeram comentários semelhantes. Entre eles, o primeiro-ministro holandês Mark Rutte, que descreveu o discurso de Putin como uma espécie de reação de pânico. “A Rússia não pode vencer esta guerra”, disse ele. Outros pedem que Putin e seu ministro das Relações Exteriores enfrentem pessoalmente a justiça por sua “agressão” contra a Ucrânia.

Além das ameças de Putin, que foi transmitido pela televisão estatal, outro plano Russo é lançar referendos em Donbass, no leste da Ucrânia, em uma tentativa de integrar a região à Rússia, as autoproclamadas Repúblicas Populares de Luhansk (LPR) e Donetsk (DPR). A UE está pronta para enviar mais ajuda militar à Ucrânia sob seu chamado Fundo Europeu de Paz, que já mobilizou cerca de 2,5 bilhões de euros.

@CAS