Comando da USAF emite alerta aos seus militares sobre serviços prestados para a China. O Chefe do Estado-Maior da USAF (CSAF), General CQ Brown Jr., emitiu recentemente um alerta severo sobre uma ameaça crescente à segurança nacional: o recrutamento militares da USAF, ativos ou aposentados, pelo Exército de Libertação Popular de China (PLA).
O memorando divulgado sexta-feira (08/09), alerta que os indivíduos que aceitam contratos com empresas estrangeiras, podem estar colocando em risco a segurança nacional, e isso pode ter implicações legais e criminais.
“Nossas capacidades muito superiores, e poder aéreo esmagador, são fundamentais para dissuadir comportamentos cada vez mais agressivos na região Indo-Pacífico e, se necessário derrotá-las. Desde a publicação das Ordens de Ação CSAF, deixei claro que estou empenhado em garantir que os aviadores tenham o que é necessário para competir, dissuadir e vencer num combate de alto nível”, disse Brown
Brown afirmou que o PLA procura explorar a experiência dos atuais e antigos aviadores dos EUA para cobrir lacunas nas suas fileiras. “Como devem ter visto nas notícias, as empresas estrangeiras estão procurando e recrutando militares treinados pelos EUA e pela OTAN em certas especialidades para treinar o PLA, afim de preencher lacunas nas suas capacidades militares”, disse Brown .
O Oficial-General apelou para a consciência dos aviadores aposentados e da ativa para garantir que a USAF continue sendo a maior potência aérea do mundo. Embora este risco possa parecer mínimo para alguns, de acordo com um agente especial – não identificado – do Gabinete de Investigações Especiais da USAF (OSI), vários membros das forças armadas dos EUA de diversas especialidades estão atualmente sendo alvos de recrutamento por empresas associadas aos militares do Exército chinês.
O Departamento da Força Aérea dos EUA tomou medidas recentes para excluir parcerias com empresas e organizações associadas ao PLA, nas quais os membros poderiam ser alvo e está trabalhando para garantir que essas organizações chinesas não sejam subcontratadas para serviços para a USAF.
Recentemente a Test Flying Academy, uma escola de aviação da África do Sul, foi colocada numa lista de controle do governo dos EUA, por estar envolvida na formação e fornecer suporte técnico para o PLA, utilizando um militar americano aposentado. Esta restrição também afeta a sua capacidade de recrutar militares de países parceiros dos EUA, e funciona como um elemento dissuasor para outras empresas que considerem fornecer estes serviços aos chineses.
O agente do OSI disse que as tentativas de explorar os militares nem sempre são óbvias. Os sinais de esforços de recrutamento de PLA podem incluir contratos que parecem “bons demais para ser verdade”, ou que carecem de informações sobre os clientes finais do referido contrato.
Para chegar nos militares desejados, o PLA pode utilizar acordos comerciais ou parcerias tecnológicas aparentemente inócuos, atraindo gradualmente esses profissionais para atividades secretas que sirvam os interesses do governo chinês. Essas oportunidades podem ser anunciadas em sites de profissionais, como LinkedIn ou Even, e no envio de e-mails direcionados de headhunting.
O agente americano afirmou ainda que o memorando da CSAF deve servir de alerta aos militares, enfatizando o papel vital que cada um desempenha na salvaguarda da segurança nacional. Afirmou que, estando vigilantes e denunciando esforços de recrutamento suspeitos, os militares da USAF continuam cumprindo o seu dever de servir e proteger os Estados Unidos e os seus aliados daqueles que procuram explorar os seus conhecimentos e competências para fins nefastos.
A mensagem encerra com o seguinte pedido: “Se você ou algum conhecido seu está sendo alvo ou foi recrutado para treinar militares estrangeiros, é crucial agir rapidamente. Entre em contato diretamente com o destacamento local do Escritório de Investigações Especiais da Força Aérea ou envie um relatório aqui.”
Fonte: USAF
@FFO