Cinco aeronaves da USAF devem ser certificadas com o KC-46 Pegasus. O Air Mobility Command (AMC) da USAF anunciou em 02 de junho, que o KC-46A Pegasus alcançou aproximadamente 97% da sua capacidade operacional para o U.S. Transportation Command (USTRANSCOM). Apenas cinco tipos de aeronaves carecem de certificação para reabastecer com o KC-46.
Ainda não estão certificados o A-10 Thunderbolt II; o B-2 Spirit; o CV-22 Osprey; Boeing E-4 e o MC-130H Combat Talon II. Apesar disso, o AMC garante que essas aeronaves podem ser reabastecidas pelo KC-46 em caso de emergência. As últimas certificações serão conduzidas por eventos de teste e não por um calendário, disse a AMC.
“Continuamos trabalhando com certificações operacionais nos últimos cinco aviões, mas eles não enfrentam obstáculos técnicos O único jato que não se aplica é o A-10, que é restrito por causa de uma deficiência no ´boom rígido´ [lança] do KC-46”, disse uma porta-voz da AMC . Esse problema afeta aeronaves leves, como o A-10, que são incapazes de fornecer energia suficiente para comprimir o boom o suficiente para manter a posição de reabastecimento.
O último ICR (Interim Capability Release) “não está vinculado ao que o KC-46A pode ou não reabastecer. Está vinculado ao que pode ser encarregado de reabastecer pelo USTRANSCOM. A frota agora está disponível para ser atribuída a qualquer conjunto receptor/missão lançado sob este e os ICRs anteriores”, observou a porta-voz.
“O ICR é uma abordagem baseada nas condições operacionais, para aumentar a capacidade dos aviões-tanque, trazendo a confiabilidade com missões de rotina em escala, para emprego da Força Conjunta”, acrescentou. “Não se sabe se todas as aeronaves restantes serão certificadas na próxima ICR para tarefas operacionais da USTRANSCOM, pois essas autorizações dependem de testes que são orientados por missões e não por calendário”, disse a porta-voz.
Houve seis ICRs desde julho de 2021 certificando tipos de aeronaves para reabastecimento operacional; o primeiro dos quais liberou aeronaves usando o sistema de reabastecimento tipo drogue (cesta) da linha central. Lotes subsequentes liberaram aeronaves usando o sistema de boom do KC-46. Os testes continuam para certificar aeronaves de nações Aliadas com o KC-46, a maioria das quais usa o sistema de reabastecimento do tipo drogue na linha central.
Mesmo quando todas as aeronaves tiverem recebido autorização para reabastecer com o KC-46, o tipo ainda não será declarado tecnicamente “operacional” devido a pendências contínuas no Sistema de Visão Remota (RVS) usado pelo operador da lança.
Uma correção para o RVS foi desenvolvida e o custo dele será compartilhado entre a USAF e a Boeing, pois o projeto expande as capacidades do sistema e, portanto, vai além do contrato original. Espera-se que o RVS 2.0 esteja liberado nos próximos 18 à 24 meses.
Os problemas com o sistema de visão têm a ver com iluminação e percepção de profundidade pelo operador da lança, cuja estação fica logo atrás da cabine do KC-46. No KC-135 e KC-10, o operador da lança, localizado na cauda da aeronave, tinha visão direta da aeronave de reabastecimento. No entanto, o RVS adiciona recursos para reabastecimento de apagão e maior visibilidade nas laterais do jato, onde as aeronaves que aguardam para reabastecer normalmente mantêm a estação com o navio-tanque.
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