

China tem drone de ataque de longo alcance que custa cerca de US$ 10 mil. A Norinco, estatal chinesa de defesa, desenvolveu o Feilong-300D, um drone suicida de baixo custo, que atende às necessidades de Pequim por munições de precisão produzidas em larga, escala visando futuros conflitos.
Apresentado anteriormente no Zhuhai Air Show 2025, o Norinco Feilong-300D, atraiu nova atenção internacional após relatos de que seu preço unitário poderia ser de apenas US$ 10 mil, ou uma fração do custo de muitos drones similares fabricados no Ocidente.
Segundo uma reportagem do South China Morning Post, citando como fonte a revista militar chinesa Ordnance Industry Science Technology, o Feilong-300D – que guarda grande semelhança externa com o iraniano Shahed-136 – foi projetado para atacar alvos blindados, realizar missões de vigilância e reconhecimento, combinando capacidade ofensiva com flexibilidade multifuncional.

O artigo apresenta alguns detalhes do Feilong-300D, destacando sua construção simples, design em delta, alta confiabilidade e baixo custo. Seu motor a pistão alimentado por gasolina comum, fornece longo alcance, como demonstrado em um exercício, onde teria voado mais de 1.000 quilômetros (621 milhas), escapado das defesas aéreas inimigas e atingido um alvo simulado com sucesso.
A publicação ainda afirma que o novo drone suicida da Norinco pode se coordenar com aeronaves de combate e sistemas de mísseis terrestres durante as operações. Ele também pode ser equipado com diversos tipos de ogivas adaptáveis, permitindo opções com base nos requisitos de missão.
Comparando o valor de US$ 10 mil do Feilong-300D, a munição de ataque de precisão Lancet tem um preço aproximado de US$ 80.000, enquanto o Geran (variante russa do Shahed-136) pode chegar a US$ 150.000 por unidade, dependendo da configuração.
Segundo o South China Morning Post, a estratégia de vendas da Norinco se baseia na crescente intensidade dos conflitos regionais para atrair compradores estrangeiros. O jornal citou fontes afirmando que o Feilong-300D pode ser uma opção acessível e altamente capaz para nações menores, as quais poderão estabelecer suas próprias forças de drones de combate.
O relatório destaca a intenção da China de conquistar parte do mercado de exportação de drones de ataque de baixo custo, como aconteceu com o iraniano Shahed-136, amplamente utilizado em ataques na Ucrânia e Israel. O Feilong-300D seria a resposta chinesa para a categoria de munições descartáveis, sem sofisticação, de baixo valor e produzidas em larga escala.
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