China surpreende EUA com teste de míssil hipersônico nuclear intercontinental. A China lançou secretamente no mês de agosto, um míssil hipersônico espacial com capacidade nuclear, que deu uma volta completa na Terra em órbita baixa, pegando de surpresa a Inteligência dos Estados Unidos. O teste do míssil não atingiu o alvo pretendido, ao se desviar aproximadamente 30 quilômetros do objetivo. A informação foi divulgada pelo jornal Financial Times, citando cinco fontes não identificadas.
“O teste mostrou que a China fez um progresso surpreendente em armas hipersônicas e que está muito mais avançado do que as autoridades americanas acreditavam”, afirma a informação, citando fontes de inteligência.
Os mísseis hipersônicos voam a cerca de cinco vezes a velocidade do som, e sua grande virtude é que não seguem uma trajetória parabólica, podendo ser pilotados remotamente para evitar as defesas antimísseis existentes.
Segundo Taylor Fravel, um dos especialistas consultados pelo Financial Times, essa diferença torna obsoletos os sistemas de defesa antimísseis dos Estados Unidos, projetados para interceptar as parábolas dos mísseis balísticos convencionais.
Outras fontes consultadas pelo jornal garantem que esse desenvolvimento agrega um fator de preocupação para a defesa estratégica dos Estados Unidos, pois são capazes de orbitar o planeta alcançando a América do Norte por qualquer quadrante.
Interceptar tal sistema também seria muito desafiador, especialmente considerando que as capacidades atuais se concentram nos perfis de voo dos mísseis balísticos tradicionais, que voam em uma trajetória mais parabólica e têm intervalos geralmente conhecidos de cada estágio do voo.
Além da China, os Estados Unidos, a Rússia e pelo menos cinco outros países estão trabalhando em tecnologia hipersônica. No mês passado, a Coreia do Norte disse que testou um míssil hipersônico recém-desenvolvido. Em um desfile de 2019, a China exibiu seus avanços em armamentos, incluindo seu míssil hipersônico, conhecido como DF-17. Enquanto isso, a Rússia afirmou em 4 de outubro que havia lançado com sucesso um míssil hipersônico (o Zircon) de um submarino no Ártico.
Países como os Estados Unidos desenvolveram sistemas projetados para a defesa contra mísseis balísticos e de cruzeiro, mas a capacidade de rastrear e derrubar um míssil hipersônico é desconhecida.
A China desenvolveu a tecnologia de forma ofensiva, considerando-a fundamental para se defender dos avanços norte-americanos, segundo relatório recente do Congressional Research Service (CRS).
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