China segue invadindo a ADIZ de Taiwan. A China continua violando a zona de identificação de defesa aérea de Taiwan ou air defence identification zone (ADIZ), informou esta semana o Ministério da Defesa Nacional (MND) de Taiwan. A invasão da Ucrânia pela Rússia ainda não trouxe nenhum um aumento nestas invasões, que se tornaram rotina nos doís últimos anos.
De acordo com o MND, nove aeronaves da Força Aérea do Exército de Libertação Popular da China (PLAAF – Chinese People‘s Liberation Army Air Force) entraram na ADIZ em 24 de fevereiro, no memo dia em que ocorria a invasão da Ucrânia. Eram duas aeronaves Shaanxi Y-8H de vigilância e sete caças Shenyang J-15. No dia anterior, outros dois caças J-15 também tinham testesdo as defesas de taiwaneses.
O MND acrescentou que as aeronaves da PLAAF entraram na parte sudoeste de sua ADIZ, perto da Ilha Dongsha (também chamada Pratas), que é administrada por Taiwan. Esta posição tem sido frequentemente citada pelo MND como o local de incursões cada vez mais regulares chinesas. Em ambas as incursões chinesas, caças F-16 da Republic of China Air Force‘s (RoCAF) foram acionados, junto com os sistemas de mísseis de defesa aérea que monitoram os intrusos.
As 11 aeronaves da PLAAF que entraram no ADIZ de Taiwan elevaram o número de aeronaves militares chinesas interceptadas para para 46 somente em fevereiro. Os números refletem a crescente regularidade com que a PLAAF está invadindo o espaço aéreo de Taiwan, mas não indicam um aumento dessa atividade atualmente. Em janeiro de 2022 e no final de 2021 as incursões ocorreram em uma taxa maior.
No entanto, os recentes acontecimentos na Europa, acedem um sinal de alerta em Taiwan, que pode se tornar alvo de uma operação similar a da Rússia por parte da China. Isto se reforça pelos discursos harmônicos da China e Rússia no tocante a Ucrânia e de um receio que Taiwan fique em uma situação similar a da Ucrânia, isto é, com o apoio moral do mundo, mas sem uma ajuda de fato.
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