China quer mais caças stealth. A China pretende aumentar a produção do Chengdu J-20 Mighty Dragon. O anuncio veio no recente Zhuhai Airshow 2021, realizado em setembro, feito por funcionários do programa, que no entanto, não divulgaram qualquer taxa de partida da produção ou qualquer informação adicional. O comunicado surgiu após o sobrevoo de 15 J20 em formação sobre Zhuhai.
A Global Times, uma organização de notícias estatal, citou o vice-designer do J-20, Wang Hitao, afirmado que a indústria chinesa pode “atender a qualquer nível de demanda da Força Aérea do Exército de Libertação do Povo (PLAAF) para o J-20”. Wang disse que o desenvolvimento de aeronaves avançadas costuma ser demorado, mas “particularmente para equipamentos como o J-20, temos que fazer isso mais rápido em todos os aspectos, incluindo design, produção, teste e desenvolvimento”. Ele observou que o caça teve um desempenho “excepcional” em termos de furtividade, sensores e poder de fogo.
Em outro artigo, o Global Times citou Sun Cong, projetista-chefe do Shenyang FC-31 – uma aeronave semelhante ao F-35 – dizendo que “em breve [próximo ano] teremos boas notícias sobre a versão naval deste caça de próxima geração”.
O membro do Comitê de Serviços Armados do Senado, James Inhofe, disse em uma audiência em 5 de outubro que “nossos comandantes nos dizem que até 2025, os chineses terão mais caças stealth de quinta geração nas linhas de frente do que nós”. Questionado sobre este contexto, um porta-voz de Inhofe disse que a informação foi baseada em depoimento prestado pelo comandante do Comando Indo-Pacífico dos Estados Unidos, o agora aposentado Almirante Philip Davidson.
O South China Morning Post, outro meio de comunicação estatal, relatou que a China tem 150 J-20 em quatro regimentos aéreos, a maioria dos quais operando no interior do país, supostamente envolvidos no treinamento e desenvolvimento de táticas.
De fato, vários especialistas afirma que a China caminha para produção em massa de caças Stealth, como J-20 e o FC-31. Para igualar apenas a USAF – sem contar os estoques da US Navy e do Corpo de Fuzileiros Navais – a China teria que construir 500 J-20 e FC-31 geração até 2025, o que significa 125 aviões por ano.
Impossível? Não, especialmente se comparamos com a proposta da Lockheed Martin de produzir uma taxa de 156 F-35 por ano, a partir de 2023, que atenderá às demandas de mais de uma dúzia de parceiros militares estrangeiros, além das Forças Armada Americanas.
Em 2021, a Lockheed Martin planeja entregar entre 133 e 139 F-35, aumentando para 151-153 aeronaves em 2022 e estabilizando a produção em 156 em 2023. A USAF estima adquirir 1.763 F-35, dos quais já recebeu cerca de 300. No ritmo atual de produção, a Força Aérea receberá seus últimos F-35 na década de 2050. A Marinha e o Corpo de Fuzileiros Navais planejam adquirir 273 F-35C e 420 F-35B/C, respectivamente.
A USAF não tem planos de comprar mais do que os 43 F-35/ano planejados, até que a versão do Bloco 4 comece a sair da linha de produção em 2023. Isto significa que a USAF provavelmente terá cerca de 652 caças de 5ª geração em 2025, somados aí os F-35 e os 180 F-22.
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