

China: J-15T, J-35 e KJ-600 realizam decolagens e pousos via EMALS a bordo do Fujian. Imagens divulgadas pela mídia estatal chinesa, mostram aeronaves J-15T, J-35 e KJ-600 da PLAN realizando pousos e decolagens do porta-aviões convencional chinês Fujian com uso de catapulta com sistema EMALS.
Desde agosto, a People’s Liberation Army Navy (PLAN) está realizando testes de lançamento e recolhimento em seu primeiro porta-aviões equipado com catapulta, o Fujian (Type 003), incluindo o uso do sistema EMALS (Electromagnetic Aircraft Launch System).
O novo navio da PLAN pesa 80.000 toneladas, sendo também é o primeiro porta-aviões projetado e construído internamente pela China equipado com catapulta convencional — Catapult Assisted Take-Off Barrier Arrested Recovery (CATOBAR) e deck de pouso em ângulo. A catapulta do Type 003 é do tipo EMALS, sendo a primeira em uso fora dos EUA.

Os dois primeiros porta-aviões da PLAN, o Type 001 Liaoning e Type 002 Shandong, não possem um EMALS, e, sim, por ski-jump. Todos os navios foram feitos pelo estaleiro Jiangnan.
Em 25 de setembro de 2012, o primeiro porta-aviões da China, o Liaoning, foi oficialmente entregue à PLAN. Em 23 de novembro do mesmo ano, o primeiro caça multifuncional baseado em porta-aviões desenvolvido de forma independente pela China, o caça J-15, completou com sucesso seu primeiro pouso no Liaoning. Este marco significou o salto dos caças chineses da terra para o mar e marcou a transformação do Liaoning em um verdadeiro porta-aviões.
Treze anos depois, antes mesmo de o Fujian ser oficialmente entregue à PLAN, suas principais aeronaves baseadas em porta-aviões já realizaram decolagens assistidas por catapulta e pousos engatados.
Nesta segunda-feira (22/09), imagens foram divulgadas, informando que os caças Shenyang J-15T e Shenyang J-35 e a aeronave de AEW Xi’an KJ-600 concluíram as decolagens e os pousos assistidos por catapulta eletromagnética no Fujian, demonstrando que ele está mais perto de entrar em serviço operacional. O treinamento foi considerado um sucesso pela PLAN.

Isso indica que o Fujian adquiriu a capacidade de lançamento e recuperação de catapulta eletromagnética. É mais um avanço no desenvolvimento dos porta-aviões da China e um marco na promoção da transformação e construção naval, disse a PLAN.
Em missões anteriores de teste e treinamento, vários pilotos navais decolaram e pousaram com sucesso no Fujian com esses três tipos de aeronaves, comprovando a excelente compatibilidade entre o sistema de catapulta e parada eletromagnética desenvolvido independentemente pela China e vários tipos de aeronaves embarcadas em porta-aviões.

Isso permitiu que o Fujian adquirisse capacidade inicial de operação de convés completo e estabeleceu uma base sólida para a integração subsequente de vários tipos de aeronaves embarcadas no sistema de formação de porta-aviões, conforme a PLAN. Os três porta-aviões demonstram como a aviação embarcada na chine teve um salto nos últimos anos.
Desde seu primeiro teste no mar em maio de 2024, o Fujian realizou ao menso 9 testes marítimos de mar e avançou suavemente na calibração de vários equipamentos e no teste geral de estabilidade operacional, conforme o comunicado oficial à imprensa.

O comissionamento do J-35 marca a entrada da PLAN na era das aeronaves de quinta geração baseadas em porta-aviões, tornando a China o quarto país do mundo, depois dos EUA, Itália e Reino Unido, a possuir um tipo de caça de quinta geração baseado em porta-aviões.

A combinação das aeronaves J-35 e J-15T baseadas em porta-aviões maximiza o potencial operacional da ala aérea do porta-aviões, alcançando um efeito sinérgico que vai além da simples soma dos dois, melhorando significativamente as capacidades de combate em mares distantes da formação de porta-aviões chineses.

Com o anúncio dos lançamentos bem-sucedidos de catapulta dos três tipos de aeronaves de asa fixa baseadas em porta-aviões via EMALS, acredita-se que em breve o Fujian seja comissionado oficialmente. Após o comissionamento do Fujian, a China entrará oficialmente na era dos três porta-aviões. A capacidade da PLAN de realizar operações de defesa em mares distantes será elevada a um novo patamar e será mais uma ameaça a Taiwan, hoje o principal foco militar da China.
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