China executou engenheiro que vendeu segredos do caça furtivo J-35. O Ministério da Segurança do Estado da China (MSS) confirmou oficialmente o caso de espionagem onde um engenheiro, identificado como “Liu”, foi condenado à morte por vazar segredos de estado, incluindo dados classificados do novo caça furtivo J-35 para agências de inteligência estrangeiras.
O caso, que vinha sendo especulado há muito tempo nas redes sociais chinesas, foi reconhecido em uma declaração do MSS detalhando as atividades de Liu e a extensão da violação de segurança.
De acordo com o portal estatal chinês Global Times, Liu era um engenheiro assistente em um instituto de pesquisa nacional especializado em tecnologia de defesa. Fontes do MSS disseram que Liu ficou descontente por não conseguir uma promoção, motivo pelo qual copiou secretamente um grande volume de documentos confidenciais, incluindo do caça furtivo J-35. Após sair do instituto, Liu trabalhou em uma empresa de investimentos onde não teve sucesso. Para manter seu padrão de renda, Liu vendeu os segredos de estado.
Desenvolvido pela estatal Aviation Industry Corporation of China (AVIC), o J-35 de quinta geração é considerado componente crucial das capacidades militares do país e entre suas características estão a baixa observabilidade e alta capacidade de combate. Seus detalhes tecnológicos são considerados altamente sensíveis e Liu sabia disto.
De acordo com as informações do MSS, Liu procurou uma agência de inteligência estrangeira, oferecendo informações confidenciais. Para facilitar a transação, ele fragmentou os documentos confidenciais, criando um catálogo detalhado e abrindo várias contas online para receber os pagamentos. Para evitar a detecção, ele usou cartões de celulares anônimos, mudou frequentemente os métodos de comunicação e empregou vários pseudônimos.
Durante seis meses, Liu viajou para vários países, supostamente comprometendo informações críticas de defesa chinesas. No entanto, a agência de inteligência estrangeira que inicialmente comprou dados confidenciais de Liu logo cortou contato com ele após adquirir informações a um baixo custo. Em vez de interromper suas atividades, Liu refinou seus métodos de espionagem e tentou se envolver novamente com agentes estrangeiros. Suas ações desencadearam um escrutínio mais rigoroso das agências de segurança nacional chinesas, que monitoraram seus movimentos e comunicações antes de finalmente prendê-lo.
O MSS afirma que Liu foi condenado por espionagem e fornecimento ilegal de segredos de estado a entidades estrangeiras. Ele foi sentenciado à morte, com privação perpétua de direitos políticos, uma pena que reflete a gravidade de suas ações. As autoridades chinesas enfatizaram que a segurança nacional continua sendo uma prioridade máxima, alertando que casos de espionagem e distribuição não autorizada de informações confidenciais serão enfrentados com as mais severas consequências legais.
@FFO