China estaria construindo super porta-aviões movido a energia nuclear. A Marinha Chinesa estaria construindo seu quarto porta-aviões, o maior e mais poderoso da sua frota, que terá propulsão nuclear e superaria os maiores navios de guerra dos Estados Unidos.
Embora a Marinha do Exército Popular da China (PLAN) já tenha consolidado o tamanho de sua frota, ela agora busca diminuir a lacuna tecnológica com os Estados Unidos equipando sua frota com navios capazes de operar por anos sem reabastecimento. Esse desenvolvimento pode transformar a geopolítica do Pacífico e fortalecer a presença militar da China longe de suas costas.
Atualmente, a PLAN possui três porta-aviões, o Liaoning (16), o Shandong (17) e o mais novo Fujian (18). Embora esses navios de guerra representem um avanço significativo para o poder militar chinês, elas ainda são limitados por causa da propulsão a diesel convencional, exigindo paradas frequentes para reabastecimento.
Essa limitação representa um grande obstáculo para uma nação que busca projetar seu poder além da Ásia e competir com os Estados Unidos no Pacífico. Ao contrário das marinhas ocidentais, que se beneficiam de uma extensa rede de bases aliadas que facilitam o reabastecimento, a China precisa contar com o reabastecimento no mar, uma solução eficaz para operações de curto alcance, mas que limita implantações prolongadas.
A introdução da propulsão nuclear nos porta-aviões chineses marca uma grande mudança estratégica. Ao contrário dos motores convencionais, os reatores nucleares permitem que um navio de guerra opere por décadas sem reabastecimento, proporcionando uma autonomia sem precedentes.
Essa tecnologia já é usada pela Marinha dos EUA com seus porta-aviões das classes Nimitz e Ford, assim como pela França com o Charles de Gaulle. Ao equipar seus futuros porta-aviões com propulsão nuclear, a China poderia implantar sua frota muito além de suas águas territoriais e conduzir operações estendidas sem restrições logísticas.
Para conseguir isso, o Instituto Chinês de Energia Nuclear (Base 909), na província de Sichuan, está trabalhando no desenvolvimento de um reator nuclear adequado para navios de guerra. Ao contrário do USS Enterprise, que exigia múltiplos reatores, a China poderia optar por um projeto mais moderno e eficiente, inspirado nos reatores Bechtel A1B usados nos novos porta-aviões dos EUA.
Embora o Fujian, o terceiro porta-aviões da China atualmente em construção, ainda não esteja equipado com propulsão nuclear, o país parece estar se preparando ativamente para essa transição tecnológica.
Relatórios recentes indicam que os chineses estão construindo o porta-aviões Tipo 004, um superporta-aviões que pode superar em tamanho o USS Gerald R. Ford da US Navy. Apesar de negar oficialmente, imagens de satélite e diversas análises mostram que este navio poderia transportar mais de 100 aeronaves e contar com catapultas eletromagnéticas, uma tecnologia encontrada nos porta-aviões mais avançados dos EUA.
O comissionamento deste navio não apenas fortaleceria as capacidades de projeção de poder da China, mas também demonstraria sua intenção de desafiar diretamente as forças navais dos EUA.
A introdução de porta-aviões movidos a energia nuclear alteraria significativamente o equilíbrio estratégico no Pacífico.
Atualmente, o domínio naval dos EUA na região se baseia principalmente em sua capacidade de operar porta-aviões movidos a energia nuclear. Um equivalente chinês permitiria a Pequim estender seu alcance muito além de suas bases, potencialmente operando no Oceano Índico, perto de Guam ou até mesmo perto do Havaí. Essa capacidade fortaleceria a presença militar da China e proporcionaria uma vantagem logística ao reduzir sua dependência de reabastecimento.
No entanto, esse desenvolvimento também apresenta desafios. A construção e a manutenção de porta-aviões movidos a energia nuclear exigem investimentos substanciais e conhecimento tecnológico avançado. A China deve superar esses obstáculos antes de implantar uma frota operacional de navios movidos a energia nuclear. Além disso, tal expansão pode aumentar as tensões com os Estados Unidos e seus aliados, que monitoram de perto o crescimento das capacidades militares da China.
Outro aspecto fundamental é a proteção dessas grandes embarcações contra ameaças modernas, particularmente mísseis antinavio de longo alcance. A capacidade da China de desenvolver sistemas de defesa avançados, como lasers, guerra eletrônica e mísseis interceptadores, será crucial para garantir a sobrevivência de seus porta-aviões em potenciais conflitos. Além disso, a integração de tecnologias de inteligência, vigilância e reconhecimento em tempo real para detectar e combater ameaças será um grande desafio estratégico.
Embora a Marinha Chinesa atualmente se destaque mais pelo tamanho de sua frota do que por suas capacidades tecnológicas, essa lacuna pode ser reduzida com a adoção de tecnologias nucleares avançadas. Embora os Estados Unidos ainda mantenham uma vantagem estratégica e tecnológica, os rápidos avanços navais da China ressaltam sua clara ambição de se estabelecer como uma potência marítima global dominante.
@FFO