China e Rússia realizam patrulha aérea conjunta sobre o Mar do Japão para “garantir a paz regional”. Aeronaves militares da China e da Rússia realizaram na semana passada, mais uma operação conjunta de patrulha aérea sobre o Mar do Japão e Mar da China Oriental. Com o objetivo de “salvaguardar a paz e a estabilidade regional”, nesta edição, além dos caças e bombardeiros, participaram aeronaves de Guerra Eletrônica (EW).
Em comunicado de imprensa divulgado na quinta-feira (14/12), o Ministério da Defesa Nacional da China disse que a operação faz parte de “um plano anual de cooperação militar entre ambas nações, sendo esta a sétima patrulha aérea conjunta sobre o Mar do Japão e do Mar da China Oriental desde 2019”, informou o portal de notícias chinês Global Times.
O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul lançou um comunicado que, na quinta-feira pelo menos “duas aeronaves militares chinesas e quatro russas entraram na sua Zona de Identificação de Defesa Aérea pelo no Mar do Japão. Elas saíram dela sem violar o Espaço Aéreo nacional da Coreia do Sul”, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
O Estado-Maior Conjunto do Ministério da Defesa do Japão disse em um comunicado de imprensa na quinta-feira que “detectou dois bombardeiros H-6 chineses entrando no Mar do Japão vindos do leste da China, e se reuniram com dois bombardeiros russos Tu-95 que estavam na área. Juntos, eles conduziram um voo de longo alcance em direção ao Mar da China Oriental”.
Por sua vez, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse em uma coletiva de imprensa que “as aeronaves militares chinesas restavam em voo de rotina em espaço aéreo internacional, em conformidade com a legislação”.
De acordo com o comunicado do governo japonês, durante a operação conjunta dos bombardeiros H-6 e Tu-95, foi possível identificar algumas aeronaves de ambas forças armadas que se uniram à esquadrilha, como caças J-16, Y-8 EW da China, Su-35, Tu-142 da Rússia, entre outros não identificadas.
A missão conjunta China-Rússia é mais um sinal claro de que essas patrulhas aéreas se tornaram rotina e tem com objetivo de reforçar e salvaguardar a paz e a estabilidade na região, disse Song Zhongping, um especialista militar chinês e comentarista de TV, em entrevista ao Global Times.
Song chamou a atenção para a presença dos vetores EW Y-8E e Tu-142, inéditos até esta edição. “Essas aeronaves podem fornecer reconhecimento e orientação de alvos para os bombardeiros realizarem ataques de longo alcance, formando coordenação tática e também dissuasão estratégica”, disse o especialista.
Analistas ainda sugerem que ocorreu a integração de forças navais, devido a presença do contratorpedeiro Tipo 055 da Marinha Chinesa no Mar do Japão. O navio de guerra chinês foi detectado pelo Japão na terça-feira (12/12), navegando através do Estreito de Tsushima vindo do Mar da China Oriental.
A China e a Rússia realizam patrulhas estratégicas aéreas conjuntas regulares desde 2019. Em julho passado foi realizada a primeira edição de 2023, quando aviões militares de ambos países voaram sobre o Mar do Japão, o Mar da China Meridional e o Pacífico Ocidental numa operação de dois dias.
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