China colocou 18 bombardeiros H-6K no entorno da Ilha de Taiwan. A autoridade de defesa de Taiwan relatou que entre os dias 12 e 13/12, pelo menos 18 bombardeiros H-6 da Força Aérea do Exército Popular de Libertação da China (PLAAF) realizaram exercícios próximos a Ilha. Trata-se de um número recorde de surtidas de bombardeiros chineses em um único dia.
Um especialista ouvido pelo Global Times, estima que esse grupo de bombardeiros poderia lançar mais de 100 mísseis contra alvos terrestres e navais simultaneamente. “O treinamento foi um poderoso alerta contra o conluio entre secessionistas de Taiwan e forças externas, após recentes vendas de armas dos EUA e visitas de autoridades ocidentais”, disserem especialistas.
Entre segunda e terça-feira, um total de 29 aeronaves e três embarcações militares do PLA foram detectadas no entorno da ilha. Os 18 bombardeiros H-6 entraram na autoproclamada Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) de Taiwan. Foi o maior número de H-6 em um período de 24 horas, desde de 2020, quando o Ministério da Defesa de Taiwan começou a divulgar esses dados.
“Não foram identificadas as versões dos bombardeiros, mas supondo que sejam H-6K, capazes de transportar seis mísseis cada, então os 18 aviões poderiam transportar 108 mísseis. Sendo assim, não há defesa contra tal ataque de saturação em alvos no solo e no mar”, disse Song Zhongping, um especialista militar da China continental ouvido pelo Global Times.
De acordo com relatos da mídia, o H-6K pode transportar munições, incluindo o míssil de cruzeiro CJ-20 e o míssil antinavio YJ-12. Durante o Airshow China 2022 de Zhuhai, realizado em novembro na província de Guangdong, um bombardeiro H-6K carregava um novo tipo de míssil balístico que se acredita ser hipersônico.
Os exercícios dos bombardeiros do PLA ocorreram depois que os EUA aprovaram na semana passada outra venda de armas para a ilha de Taiwan. O pacote inclui peças sobressalentes de aeronaves para apoiar a frota da ilha de caças F-16, aviões de transporte C-130 e outros sistemas de armas. Além disso, o Congresso norte-americano avançou com a Lei de Defesa Nacional, que inclui empréstimos militares diretos e vendas rápidas de armas.
Oficiais ocidentais, incluindo os da Austrália, Reino Unido e Japão, visitaram recentemente a ilha de Taiwan, após a visita provocativa da presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, à ilha em agosto, que levou a uma série de exercícios militares em larga escala do PLA.
Os exercícios de bombardeio podem servir como um alerta e dissuasão para tal conluio entre secessionistas da “independência de Taiwan” e forças de interferência externa, disseram analistas.
Fonte: Global Times
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