Chade busca alternativas para armar seus Cessna 208. A Força Aérea do Chade, ou Armée de l’Air Tchadienne (AAT) está buscando ampliar o seu poder de combate, armando dois Cessna 208 ISR (Intelligence, Surveillance and Reconnaissance) recebidos dos Estados Unidos em 2018. Para isso, o governo destinou US$ 15 milhões para atualizar e armar os dois monomotores, que ainda não estão operacionais.
A Sofema, empresa francesa especializada em equipamentos militares, em parceria com a belga Thales, está negociando a conversão dos Cessna 208 do Chade, mas o processo enfrenta forte resistência de Bruxelas. Autoridades belgas da região da Valônia, que controlam as exportações da Thales, estão vetando a venda de um lote de foguetes guiados FZ275 para equipar as aeronaves do Chade.
O governo belga está preocupado com o histórico irregular de direitos humanos no Chade, principalmente pelas ações de repressão às manifestações de outubro passado, quando as forças de segurança do país deixaram um saldo de aproximadamente cinquenta mortos.
Em fevereiro do ano passado, a francesa Safran entregou os pods optrônicos Euroflir 410, que permitem às aeronaves realizar missões ISR, SAR, bem como designação de alvos à longa distância. Entretanto, sem os foguetes, a capacidade dos C208 ficam limitadas.
Uma alternativa se abriu com a possibilidade do Chade adquirir mísseis guiados CIRIT, produzidos pela empresa turca Roketsan. O bom relacionamento entre Ndjamena e Istambul poderá facilitar a aquisição dos mísseis CIRIT. Cabe lembrar que o Chade comprou três aeronaves de combate leve TAI Hürkuş da Turquia , que devem chegar ainda neste ano.
A Força Aérea do Chade ainda está se recuperando da perda de parte do seu poder aéreo, desde que uma tempestade destruiu grande parte das suas aeronaves em 2017.
@FFO