CEO da TAI dá novos detalhes sobre progresso do caça KAAN

CEO da TAI dá novos detalhes sobre progresso do caça KAAN. O CEO da TAI, Mehmet Demiroğlu, deu mais detalhes sobre as próximas fases dos testes do caça de quinta geração KAAN, que realizou seu voo inaugural há pouco mais de um ano.

Pouco mais de um ano depois do seu primeiro voo, em 20 de fevereiro de 2024, o caça turco KAAN parece estar seguindo rapidamente para o fim de sua certificação. Em entrevista à Aviation Week, Mehmet Demiroğlu afirmou que os próximos três protótipos — P1, P2 e P3 — passarão por um processo de testes bastante intenso, diferentemente do primeiro protótipo, o P0.

Ele descreveu o cronograma de testes para os próximos três protótipos como “voando com a maior frequência possível, o maior tempo possível e o mais alto possível”. Entende-se que a próxima fase envolverá testes de desempenho de voo e robustez após a confirmação de que o caça pode voar e ser fabricado com o P0.

A instalação de aviônicos e outras otimizações de fuselagem ocorrerão com os três seguintes — P4, P5 e P6 —, que estarão mais próximos da primeira configuração de produção do caça. Esses protótipos apresentarão otimizações de peso e aerodinâmicas como toques finais.

Demiroğlu também forneceu um detalhe importante sobre os testes de aviônicos que estão sendo desenvolvidos para a KAAN. Ele afirmou que um laboratório de voo baseado no jato executivo Bombardier Global 6000 apoia os testes do radar AESA da KAAN. A KAAN utilizará o radar MURAD 600-A AESA (antigo BÜRFİS — Sistema Integrado de RF em turco), que combinará diversas funções, desde controle de fogo ar-ar/superfície até guerra eletrônica, e terá capacidades superiores às do atual radar MURAD 100-A AESA para F-16 e UCAV Akıncı.

Os EUA adotaram uma abordagem semelhante para testar a aviônica do F-35 JSF. Usar um avião comercial como plataforma de testes tem a vantagem de obter e processar grandes quantidades de dados com instrumentos e pessoal de bordo em condições reais de voo.

Akıncı também poderia ser descrito como um banco de testes (de um tipo não convencional) para radar AESA por ter uma resistência muito maior em comparação a um jato executivo, o que pode ter vantagens na observação do desempenho em períodos de uso muito prolongados.

Demiroğlu afirmou que o trabalho de laboratório também continua para o sistema OKU (Sistema MUM-T da TAI), a fim de permitir que o KAAN opere em coordenação com sistemas não tripulados. Embora se saiba que o Anka-III, voltado para ataque, e o Süper Şimşek, menor, voltado para apoio, estão incluídos, Demiroğlu incluiu explicitamente o caça não tripulado Kızılelma, da Baykar, como a parte do OKU focada em combate ar-ar.

Ele acrescentou que, apesar das características furtivas, o KAAN não estará na linha de frente com frequência e deixará os ativos não tripulados lidarem com o trabalho arriscado.

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@CAS