CEO da Saab se diz frustrado com as vendas internacionais do Gripen E/F. A Saab realizou uma conferência à imprensa mundial na última sexta-feira (26/08), em sua sede em Estocolmo, Suécia. O Presidente e CEO da empresa de defesa sueca, Micael Johansson, abriu o evento, apresentando um panorama da situação e as perspectivas.
Com relação ao desempenho do caça Gripen E nas últimas concorrências, Johansson disse que o resultado foi “extremamente frustrante, para dizer o mínimo”, mas que ele se deveu mais às questões políticas do que pelas qualidades da aeronave. “Penso que ainda temos oportunidades substanciais no mercado, com o fornecimento de e centenas de aeronaves”, disse o Executivo da Saab, sinalizando que “o maior apoio do governo sueco nas campanhas de exportação seria muito bem-vindo para enfrentar a concorrência internacional, especialmente os produtos dos Estados Unidos e da França”.
As variantes mais antigas do Gripen “C/D” foram exportadas para a África do Sul e Tailândia, além de um lote arrendado para a Hungria e para a República Tcheca, mas nenhum desses países deverá adquirir a versão mais recente “E/F”. O único cliente estrangeiro do Gripen E/F é o Brasil, que em 2014 assinou um contrato para um lote inicial de 36 caças. A escolha do jato sueco Gripen pela Força Aérea Brasileira (FAB) decorre de uma necessidade premente da substituição dos veteranos F-5EM/FM.
Equipado com motor aprimorado G&E F414 que equipa os F/A-18 Hornet da US Navy, radar eletrônico, aviônicos atualizados, avançados sensores de guerra eletrônica, o Gripen E/F oferece aos operadores uma consciência situacional de combate muito superior à antiga versão, equiparado, em termos de sofisticação, aos caças de quinta geração, como os norte-americanos F-35A. Entre os principais atrativos do jato está o baixo custo operacional e alta disponibilidade, fatores atrativos para nações com orçamento limitado, que necessitem atualizar suas frotas com caças de última geração. O Gripen é considerado o caça ocidental mais econômico, com menos de um terço dos custos de um F-35.
A Força Aérea Brasileira tem um pedido firme para 40 caças Saab Gripen E, que irão compor duas unidades de caça. O planejamento para a aquisição do segundo lote, com 26 jatos, está sendo trabalhado pelo Comando da Aeronáutica. Assim, a frota completa seria composta por 66 F-39E/F, formando a primeira linha da defesa aérea do Brasil pelos próximos anos. Já a Suécia encomendou 60 unidades.
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