Casa Branca prevê corte de 8% no orçamento de defesa
Casa Branca prevê corte de 8% no orçamento de defesa. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, ordenou que altos oficiais militares desenvolvessem um plano orçamentário que reduziria os gastos com defesa em 8%, um corte drástico que poderia remodelar a força final e a prontidão militar por décadas.
Em um memorando obtido inicialmente pelo Washington Post, Hegseth ordenou que os cortes propostos fossem compilados até 24 de fevereiro. Dezessete categorias estariam isentas das reduções orçamentárias, incluindo operações militares na fronteira sul dos EUA, programas de armas nucleares e defesa antimísseis e aquisição de certos drones e munições.
A ideia de cortes drásticos na defesa, relatada originalmente pela Bloomberg na semana passada, certamente atrairá oposição dos legisladores no Capitólio, onde os republicanos vinham discutindo nas últimas semanas grandes aumentos nos gastos com defesa nos próximos anos – não cortes significativos.
Mas os planos orçamentários de Hegseth parecem seguir instruções mais amplas do presidente Donald Trump para reduzir os gastos do governo, incluindo a demissão de milhares de funcionários federais nas últimas semanas. O gasto total com defesa atingiu quase US$ 850 bilhões no ano fiscal de 2024. O orçamento do Departamento de Defesa para o ano fiscal de 2025 ainda não foi finalizado, apesar do novo ano fiscal ter começado em outubro passado.
O Washington Post relatou o potencial corte de 8% como uma redução anual por cinco anos. Mas em um memorando enviado na quarta-feira à noite 19/02, o Secretário Adjunto de Defesa em exercício Robert Salesses disse que a meta era encontrar “compensações” no plano de orçamento fiscal de 2026, com uma meta de encontrar pelo menos US$ 50 bilhões para transferir para “programas alinhados com as prioridades do Presidente Trump”.
Um corte anual de 8% pelos próximos cinco anos significaria quase US$ 300 bilhões a menos em gastos militares até o ano fiscal de 2030. Mas, na maioria dos anos, os legisladores aprovam aumentos nos gastos militares pelo menos iguais à inflação, e muitas vezes até maiores do que isso.
No início deste ano, Trump sugeriu publicamente que todos os países da OTAN gastassem pelo menos 5% de seu produto interno bruto em defesa, um valor que exigiria um orçamento militar de quase US$ 1 trilhão para os Estados Unidos.
A aprovação de quaisquer cortes de defesa caberá ao Congresso liderado pelos republicanos, que começou as audiências sobre o orçamento militar fiscal de 2026 nos últimos dias. Espera-se que esse processo leve a maior parte do ano.
Antes disso, os legisladores ainda precisam chegar a um acordo sobre uma extensão orçamentária de curto ou longo prazo para o ano fiscal de 2025 até meados de março, ou desencadear uma paralisação parcial do governo.
No mês passado, o presidente do Comitê de Serviços Armados do Senado, Roger Wicker, republicano pelo Mississippi, disse que esperava aumentar os gastos com defesa em até US$ 200 bilhões nos próximos anos para lidar com as crescentes ameaças da China, do Irã e de outros adversários.
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